Estudos recentes demonstram que a redução do consumo de açúcar nos primeiros anos de vida está diretamente associada à prevenção de doenças crônicas na idade adulta, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. A exposição precoce a altas quantidades de açúcares adicionados – presentes em alimentos ultraprocessados, refrigerantes e doces – pode alterar o metabolismo, predispondo a resistência à insulina, dislipidemias e inflamação sistêmica.
Impacto metabólicos e hábitos alimentares:
O paladar infantil é moldado nos primeiros anos, e o excesso de açúcar nessa fase pode levar à preferência por sabores doces, dificultando a aceitação de alimentos naturais, como frutas e vegetais. Além disso, o consumo elevado de frutose (presente em xaropes e sucos industrializados) sobrecarrega o fígado, aumentando o risco de esteatose hepática não alcoólica.
Evidências científicas:
Uma revisão publicada no “Journal of the American Heart Association” (2023) vinculou a ingestão excessiva de açúcar antes dos 5 anos a maior adiposidade visceral na adolescência. Outro estudo longitudinal no “Pediatrics” (2022) mostrou que crianças com dieta restrita em açúcares adicionados tiveram melhor regulação glicêmica aos 10 anos.
Recomendações nutricionais:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças menores de 2 anos não consumam açúcares adicionados, e que até os 5 anos a ingestão não ultrapasse 10% do total calórico diário. Priorizar alimentos in natura, como frutas (com moderação), legumes e cereais integrais, é essencial para um desenvolvimento metabólico saudável.
Enfim, a restrição ao açúcar na primeira infância é uma estratégia preventiva eficaz, com impactos positivos duradouros. Educar famílias e promover políticas públicas que limitem a oferta de produtos açucarados para crianças são passos fundamentais para garantir uma vida adulta mais saudável.