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Liberação de FGTS para famílias atingidas em Guaramirim é incerta

Foto Arquivo OCP News

Por: Elissandro Sutil

27/02/2019 - 05:02

As fortes chuvas e deslizamentos que atingiram Guaramirim há pouco mais de uma semana deixaram um rastro de perdas para diversas famílias do município.

O caso mais grave ocorreu na Vila Freitas e Morro do Schmidt, onde 68 famílias foram diretamente atingidas com a perda total de suas casas ou com a interdição das residências devido aos riscos avaliados pela Defesa Civil.

Em todo o município foram 300 famílias atingidas e um dos recursos mais esperados e dado como certo para a reconstrução, o FGTS, depende de análise da Caixa Econômica Federal. E não há prazo para liberação.

O diretor da Defesa Civil do Município, Ezequiel de Souza, explica que a liberação do recurso depende exclusivamente de avaliação da Caixa Econômica Federal e essa análise só será feita após o reconhecimento do decreto de estado de emergência do município, tanto pela Defesa Civil estadual quanto pelo órgão federal.

“O Estado precisa reconhecer o estado de emergência e então segue para análise federal. Só depois disso vai para a Caixa e ela não é obrigada a liberar”, diz.

O município corre para enviar toda a documentação à Defesa Civil estadual até a próxima sexta-feira (8) e aguardar o trâmite do processo.

Apesar de haver um prazo para a apresentação por parte de Guaramirim, Souza afirma que não há uma estimativa de quanto tempo levará para que se tenha essa resposta. “Nós temos 15 dias após o evento para enviar tudo, mas não há prazo para essa análise”, afirma.

Todo o cadastramento que vem sendo realizado das famílias atingidas, explica o diretor, serve de subsídio para que o município possa apresentar a intensidade dos estragos causados junto à Caixa Econômica Federal.

De acordo com ele, pelo menos 200 famílias já alegaram danos financeiros causados diretamente pelas chuvas. “Tudo o que cabe nós vamos fazer, vamos entregar tudo no prazo, mas mesmo estando tudo correto eles podem negar. Isso não depende de nós”, finaliza.

Além do cadastramento das famílias, Souza ressalta o município está realizando levantamento de empresas, propriedades rurais e estruturas públicas que tiveram danos.

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP