Laudo aponta que fã de Taylor Swift morreu de exaustão térmica durante o show da cantora

Foto: Natasha Moustache/TAS23/Getty Images for TAS Rights Management

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

27/12/2023 - 16:12 - Atualizada em: 27/12/2023 - 16:24

Conforme o laudo de necropsia divulgado nesta quarta-feira (27), Ana Clara Benevides, de 23 anos, faleceu de exaustão térmica devido ao calor durante o primeiro show da cantora Taylor Swift no Brasil, que aconteceu no dia 17 de novembro, no Rio de Janeiro. Naqueles dias, o estado experimentou recordes de temperatura, com os termômetros ultrapassando os 40ºC.

A estudante universitária aguardava o show no Engenhão, zona norte do Rio, quando passou mal. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levada ao hospital, mas não resistiu. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) indicou pequenas hemorragias nos pulmões.

A delegada Juliana Almeida, na ocasião, comentou: “Calor, insolação e desidratação são alguns desses fatores, mas sem o resultado dos exames, não temos como afirmar que seja isso. Agora é prematuro afirmar que a Ana Clara morreu por hipertermia [excesso de calor]. Se tudo der negativo, poderemos chegar à conclusão de que foi por causa do calor.”

Garrafas de água proibidas

Fãs que estiveram no primeiro show no Rio relataram que a organizadora da turnê no Brasil, a Time For Fun (TF4), proibiu a entrada de garrafas no Engenhão. Além disso, dentro do estádio, a oferta de água era escassa, com relatos de que garrafas eram vendidas a R$ 8, conforme os presentes. O caso foi registrado na 24ª DP, de Piedade, e com o resultado do laudo, representantes da T4F podem ser intimados a depor, podendo os organizadores ser indiciados por homicídio culposo.

Após a morte da fã, a cantora divulgou um texto no qual expressava estar “arrasada”, destacando que recebeu poucas informações sobre a morte da fã, “além do fato de que ela era incrivelmente linda e muito jovem”. O velório de Ana Clara ocorreu em 20 de novembro na Câmara dos Vereadores de Sonora (MS), com o sepultamento no cemitério da cidade de Pedro Gomes, no mesmo estado onde ela residia e estudava psicologia em Rondonópolis, no Mato Grosso.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).