A Justiça Federal dos Estados Unidos determinou nesta segunda-feira (5) que o Google desrespeitou a legislação do país ao estabelecer um monopólio nas áreas de ferramentas de busca e anúncios online.
“O Google é um monopolista e agiu como tal para manter seu monopólio”, escreveu na decisão o juiz distrital Amit Mehta, segundo informações da Reuters.
De acordo com a agência, a decisão abre caminho para um segundo processo para estabelecer possíveis soluções, como determinar que a empresa pare de pagar bilhões de dólares para fabricantes de smartphones para que o Google seja o mecanismo de busca padrão nos seus aparelhos.
Segundo Mehta, a empresa pagou US$ 26,3 bilhões apenas em 2021 com esse objetivo.
A ação havia sido apresentada pelo Departamento de Justiça do governo Joe Biden, que alegou que o Google controla cerca de 90% do mercado de buscas online e 95% em smartphones.
Em comunicado, o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, disse que a decisão contra o Google “é uma vitória histórica para o povo americano”. “Nenhuma empresa — não importa quão grande ou influente — está acima da lei”, afirmou.
Em nota, Kent Walker, presidente de assuntos globais do Google, disse que a decisão “reconhece que o Google oferece o melhor mecanismo de busca, mas que não deveríamos ter a permissão de torná-lo facilmente acessível”.
“Agradecemos pela conclusão do tribunal de que o Google é ‘o mecanismo de busca de mais alta qualidade do setor, o que rendeu ao Google a confiança de centenas de milhões de usuários diários’, que o Google ‘há muito tempo é o melhor mecanismo de busca, especialmente em dispositivos móveis’, que ‘continua a inovar na busca’ e que ‘a Apple e a Mozilla ocasionalmente avaliam a qualidade da busca do Google em relação aos seus concorrentes e consideram a do Google superior’”, afirmou Walker.
“Considerando isso, e o fato de que as pessoas estão cada vez mais pesquisando informações de cada vez mais maneiras, nós planejamos recorrer. À medida que este processo continua, vamos seguir focados em desenvolver produtos que as pessoas considerem úteis e fáceis de usar”, concluiu a nota.
*Com informações da Gazeta do Povo.