A Justiça do Paraná bloqueou, no domingo (22), os bens da empresa catarinense acusada de dar um golpe milionário em uma turma de formatura de Medicina de Maringá, no interior do estado. O caso está sendo investigado como estelionato após formandos e fornecedores alegarem prejuízos com o cancelamento da festa na véspera do evento, marcado para o último sábado (21).
As informações são da NSC.
O pedido liminar de bloqueio de bens físicos da Brave Brazil foi parcialmente deferido pelo juiz Jaime Souza Pinto Sampaio.
A decisão determina o arresto físico e remoção de veículos e objetos de propriedade da empresa que somem até R$ 3 milhões, valor do contrato assinado com a comissão de formatura.
A advogada que representa a comissão de formatura, Angélica Carnovale, afirma que sete carretas lotadas de itens utilizados na estrutura e decoração de eventos estão em posse da comissão de formatura.
Agora, a defesa dos estudantes deve encontrar um depósito para deixar os itens bloqueados durante o andamento do processo. Além de avaliar quais desses bens pertencem à Brave Brazil e quais são de outras empresas.
Os veículos e materiais que foram arrestados estavam no local onde havia sido o jantar de formatura do grupo na quinta-feira (19) e também em caminhões que transportariam itens para a montagem do baile.
Em 2019, 123 alunos de Medicina contrataram a empresa por mais de R$ 2,9 milhões para organizar quatro eventos de comemoração da formatura.
No entanto, faltando menos de 24 horas para o baile de formatura, marcado para sábado (21), o dono da empresa teria cancelado o evento com a comissão, sem prestar esclarecimentos aos contratantes e fornecedores.
A Brave Brazil possui sede em Florianópolis e se apresenta como especializada em festas de formatura de turmas de Medicina. Os investigadores do Paraná ouviram a comissão de formatura nesta terça-feira (24).
Os formandos alegaram que se encontraram com o dono da empresa para assinar o contrato em 2019, mas depois disso não tiveram mais contato com o homem.
No domingo, a Brave Brazil divulgou uma nota em que alega que havia comunicado para a comissão de formatura sobre a impossibilidade de concluir o baile de formatura, “dado o déficit de pagamento para conclusão do projeto contratado há anos atrás, devendo então a comissão negociar com a empresa algumas readequações”. De acordo com a empresa, o montante faltante corresponderia a mais de R$ 530 mil e “não houve outra alternativa, senão o adiamento daquele último evento, mantendo a disposição de realocá-lo em data mais próxima possível”.