Um homem de 23 anos perdeu a vida após ser agredido durante um assalto em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na quarta-feira (27). O suspeito do crime é um detento que se encontrava em saída temporária do Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí.
Um amigo da vítima, identificado como Gustavo Ernst Martins, recebeu uma chamada por volta do meio-dia da terça-feira (26), onde viu o jovem caído no chão, ferido e gemendo de dor. Um homem presente no local informou que uma ambulância estava a caminho e que ele seria levado para o hospital da Unimed.
No entanto, ao procurar pelo amigo no hospital, foi informado que ele não havia sido admitido lá. Ao entrar em contato pelo telefone da vítima, o amigo foi atendido e informado de que o jovem estava no hospital Ruth Cardoso.
O amigo dirigiu-se ao hospital e conversou com a vítima, que relatou que um indivíduo com um gorro de Papai Noel atacou-o com um pedaço de pau, tentando roubar sua pochete, mas ele resistiu.
Foto: Polícia Militar/Reprodução
O jovem tinha deixado a motocicleta em uma oficina para ser envelopada e saiu para comprar um adesivo, momento em que foi agredido. O incidente ocorreu na rua Brusque, no bairro dos Municípios. Na quarta-feira (27), o amigo tentou novamente entrar em contato pelo telefone da vítima, sendo atendido por um assistente social. Este solicitou sua presença urgente no hospital e, ao chegar lá, informou que o rapaz havia sofrido um traumatismo craniano e faleceu.
Como a vítima não possuía familiares na região, o amigo comunicou a mãe do jovem, que reside em Londrina (PR) e estava a caminho de Balneário Camboriú.
O Samu foi acionado para socorrer a vítima e encaminhá-la ao hospital, também prestando atendimento ao suspeito, que aparentemente estava em um surto psicótico.
As autoridades locais só tomaram conhecimento do caso na quarta-feira, quando a família da vítima registrou um boletim de ocorrência. O suspeito do crime saiu da penitenciária em 20 de dezembro e retornou voluntariamente nesta quarta-feira.
O indivíduo possui 12 registros policiais desde 2016, incluindo crimes de receptação, lesão corporal, posse de drogas e adulteração de sinal identificador de veículo. Além disso, ele tem uma condenação de 2005 em um processo.
A Polícia Militar afirmou que repassará as informações ao delegado de polícia, uma vez que o suspeito não foi detido em flagrante, mas cometeu um crime de maior gravidade durante a saída temporária. O caso foi registrado pela PM como latrocínio, caracterizado como roubo seguido de morte.
