Por volta das 16h do dia 30 de junho, fortes rajadas de vento abalaram a calmaria do tempo jaraguaense e deixaram um rastro de destruição por onde passaram.
Todos os bairros foram afetados, milhares de famílias ficaram sem energia elétrica, telhados foram danificados e até as mais resistentes das árvores não resistiram.
Imagens e sons que ficarão marcadas na história de Jaraguá do Sul e causaram um prejuízo inestimável. Apenas na agricultura, o dano calculado foi de R$ 12,9 milhões.
Mesmo diante da adversidade, já somada ao período de pandemia, as respostas do Município foram rápidas e eficazes para proteger a população e recuperar o que tinha sido atingido.
Prefeitura, Bombeiros e outras entidades logo se juntaram para montar uma força-tarefa ainda na noite daquela terça-feira (30).
Pouco menos de um mês depois, 13 dos 31 estabelecimentos municipais de ensino que foram gravemente danificados já passaram por reparos. Para outras 13 unidades, a reforma está prevista para ser concluída nos próximos dias.

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A estrutura da Educação foi uma das mais prejudicadas. Houve perda de material didático, telhado de quadra arrancado, diversas telhas caídas e outras.
A rede estadual também sofreu com o ciclone e será recuperada com recurso já anunciado pelo Governo de Santa Catarina.
Outros pontos afetados foram a Arena Jaraguá, Casa do Colonizador e Arquivo Histórico. De acordo com a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), na Arena, foram retirados os materiais danificados e o orçamento para recuperação da instalação elétrica está em andamento.

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Pista de atletismo, ginásio Arthur Müller e Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) Mestre Manequinha, não apresentaram danos graves, sendo que os pequenos reparos estão em execução pela própria equipe da Secel.
A Secretaria ainda informou que algumas áreas de lazer foram atingidas, principalmente as telas de proteção das quadras e os postes de iluminação.
Os orçamentos necessários para a recolocação das telhas da Casa do Colonizador e no Arquivo Histórico, que apresentou avarias no telhado e também no forro, estão prontos.
Prejuízo na Agricultura
Um relatório da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural e Abastecimento apontou para prejuízo de mais de R$ 12,9 milhões por causa do ciclone bomba. Os bananicultores foram os mais atingidos.
A secretaria calculou em R$ 9,7 milhões os prejuízos com 647.160 caixas de 22 quilos da fruta. Isso representa 647.160, ou 40% dos 1.630.000 pés perdidos.
A avicultura também amargou prejuízos da ordem de R$ 200 mil, com 17 aviários danificados. Na olericultura (produção de hortaliças), o valor chega a R$ 338 mil com cinco hectares de área de plantio prejudicada, 21 estufas, de 55 metros de comprimento por seis de largura do Programa Cinturão Verde, avariadas.

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Outras 3 mil casas de agricultores, mais de 3 mil galpões, cinco tratores ou equipamentos também foram avariados, somando R$ 1,4 milhão em prejuízos.
O relatório seguiu para a Defesa Civil do Estado, que está determinando ações para minimizar os prejuízos dos agricultores, muitos dos quais com empréstimos bancários e financiamentos junto a instituições de fortalecimento da agricultura familiar.
Recentemente, um projeto de apoio à recuperação da infraestrutura rural e pesqueira foi criado pelo governo estadual.
A medida irá destinar R$ 3,6 milhões em oito anos para subvenção aos juros de financiamentos contraídos para reconstrução de sistemas produtivos. A medida possibilitará investimentos de R$ 20 milhões na área.
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