Independência do Brasil: 7 curiosidades sobre o dia 7 de setembro

Foto: Quadro 'Independência ou Morte' ou 'O Grito do Ipiranga', de Pedro Américo (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)

Por: Priscila Horvat

07/09/2024 - 19:09 - Atualizada em: 07/09/2024 - 19:15

O Dia 7 de setembro, conhecido por marcar a Independência do Brasil, é mais do que uma data festiva.

E embora em todos os livros de História é possível ver o quadro com a cena imortalizada pelo famoso “Grito do Ipiranga” de Dom Pedro I, por trás da celebração oficial e dos fogos de artifício existem muitas curiosidades sobre esse dia histórico.

A seguir, conheça sete curiosidades pouco conhecidas sobre a proclamada independência:

1) O “Dia do Fico”

Antes da independência, algo aconteceu e foi um empurrãozinho a mais para a proclamação realmente acontecer: foi o “Dia do Fico”, que aconteceu em 9 de janeiro de 1822.

Nesta data, Dom Pedro I decidiu permanecer no Brasil, ignorando ordens para retornar a Portugal.

Essa decisão foi um passo decisivo, que consolidou sua posição e influenciou a ruptura com Portugal.

2) Leopoldina, a verdadeira proclamadora

Embora Dom Pedro I que seja lembrado pela proclamação da Independência, a verdade é que o ato formal de separação foi assinado por sua esposa, a Imperatriz Leopoldina da Áustria.

O fato aconteceu em 2 de setembro de 1822.

Enquanto Dom Pedro estava em São Paulo, Leopoldina, como Princesa Regente interina, assinou o decreto que selava a separação do Brasil de Portugal.

3) O Grito do Ipiranga (e a disenteria de Dom Pedro)

O famoso grito de Dom Pedro, “Independência ou Morte!”, não aconteceu exatamente como é imaginado.

A verdade é que o príncipe estava sofrendo de disenteria durante sua viagem de retorno ao Rio de Janeiro e, por isso, precisou fazer várias paradas não programadas ao longo do caminho.

E em uma delas, quando estava às margens do riacho Ipiranga, no dia 7 de setembro, ele recebeu a notícia da separação – e aí, sim, fez o anúncio que entrou para a história.

4) O quadro mentiroso

O quadro de Pedro Américo, pintado em 1888, que retrata o “Grito do Ipiranga”, é mais uma obra de arte do que um registro histórico.

O artista tomou muitas liberdades criativas, incluindo a presença de uma guarda imperial (que, na verdade, não existia na época) e a representação de Dom Pedro com uma espada, um detalhe que provavelmente não tenha acontecido.

5) Independência cara

Um fato pouco conhecido é que o Brasil teve que pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal.

Tudo isso para que a corte portuguesa reconhecesse a Independência.

Porém, na época, o Brasil não tinha todo esse recurso para desembolsar e pagar essa espécie de exigência.

Mas como o motivo dessa indenização era muito importante, o Brasil pegou esse montante emprestado da Inglaterra.

O que era para ser “apenas” uma indenização também marcou o início da dívida externa brasileira.

6) Proclamação x vida real

Embora no dia 7 de setembro Dom Pedro I tenha proclamado a Independência do Brasil, a realidade de um país unificado demorou de acontecer de verdade.

A independência foi mais rapidamente aceita em São Paulo e Minas Gerais, mas levou anos e muitos conflitos para integrar plenamente outras regiões.

7) A Revolta dos Farrapos

Mesmo tendo acontecido após a Independência, a Revolta dos Farrapos (1835 – 1845) é um marco no momento pós-Independência.

O movimento separatista, que buscava a autonomia para o Rio Grande do Sul e, em alguns momentos, a inclusão de Santa Catarina, refletiu o descontentamento regional com a centralização do poder e a administração imperial.

Foi um eco das tensões que surgiram com a Independência e a difícil e tão sonhada construção da unidade nacional.

Mais do que uma simples data comemorativa, o 7 de setembro é um dia repleto de curiosidades que ajudam a entender um pouco mais os capítulos que compõem a história do Brasil.

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