Você sabia que ter um cachorro em casa reduz o risco de idosos desenvolverem demência em até 40%? É o que afirmam pesquisadores do Japão, que publicaram o resultado do estudo em outubro deste ano, na revista científica Preventive Medicine Reports.
De acordo com os cientistas do Instituto Metropolitano de Gerontologia de Tóquio, ter um cachorro aumenta a probabilidade de sair de casa, levando o idoso a praticar mais atividade física e a ter mais interações sociais.
Com isso, a atividade mental melhora a capacidade do cérebro de lidar com a situação e continuar trabalhando, com um efeito supressivo no desenvolvimento da doença.
“Os donos de cães com hábitos de exercício e sem isolamento social tinham um risco significativamente menor de demência incapacitante”, afirmam os autores da pesquisa.
Alzheimer é a forma de demência mais comuns entre idosos
A demência se caracteriza pelo declínio cognitivo e/ou por alterações comportamentais importantes o suficiente para interferir nas atividades de vida diária e na independência dos pacientes.
A incidência de demência aumenta com a idade e atinge mais os idosos, sendo que o Alzheimer é a forma mais comum de demência entre pessoas da terceira idade.
Estudo envolveu cerca de 11 mil pessoas
Uma média de 11 mil pessoas do Japão, com idades entre 65 e 84 anos, participaram do estudo. Todos eram física e cognitivamente independentes no início do estudo.
Eles responderam um questionário com perguntas sobre a presença de animais de estimação em casa e o hábito da prática de atividades físicas.
Quatro anos depois, os participantes tiveram a saúde avaliada novamente. A taxa de probabilidade de desenvolver demência foi de 1 para as pessoas sem animais de estimação; 0,98 para os tutores de gatos e 0,6 para aqueles que tinham cachorros em casa.
No entanto, os pesquisadores alertam que apenas ter um cão não protege contra a doença se a pessoa fizer pouco exercício e estiver isolada socialmente.
“Os donos de cães sem hábitos de vida diários relacionados com os cuidados com os cães, como nenhum hábito de exercício e isolamento social, não experimentaram efeitos positivos relacionados com a prevenção da demência”, observam.
*Com informações do portal Metrópoles