Um idoso da cidade de Viçosa, no interior de Minas Gerais, recebeu quatro doses de vacinas contra a Covid-19. Ele recebeu primeiro as duas doses da vacina do Instituto Butantan e da Sinovac, a CoronaVac, em Viçosa, depois, viajou para o Rio de Janeiro e tomou uma dose da vacina da AstraZeneca, e retornou para Viçosa para receber o imunizante da Pfizer.
As fraudes só foram descobertas nesta quarta-feira (7), depois que o homem de 69 anos já havia recebido as quatro doses da vacina. A equipe de imunização questionou o idoso, que alegou ter 61 anos de idade, o motivo de ele não ter tomado a vacina na data correta de imunização. Então, foram conferir seus dados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.
Ao verificar os dados, foi descoberta a fraude. A Procuradoria Geral do Município de Viçosa e o Ministério Público de Minas Gerais foram acionados para tomar as medidas cabíveis.
A Prefeitura de Viçosa publicou uma nota repudiando a atitude do idoso e prometeu reforçar os mecanismos de auditoria e conferência de dados da população para evitar novos casos parecidos.
“Degustador de vacinas”
A administração ressaltou que qualquer pessoa que burlar o sistema e tomar mais de duas doses de vacinas contra a Covid-19 estará sujeito a sanções previstas em lei.
Em Viçosa há uma recomendação para que os moradores não escolham o fabricante de suas vacinas, caso o faça, a pessoa deve assinar um termo de consentimento e será colocada no final da fila.
Este procedimento foi adotado depois tendo como exemplo a cidade de São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC Paulista, a primeira a tomar uma decisão parecida. Segundo o prefeito Orlando Morando, com a medida houve uma queda deste tipo de ocorrência.