Homem que sobreviveu à injeção letal tem execução marcada para quinta-feira (25)

Foto: Freepik

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

23/01/2024 - 09:01 - Atualizada em: 23/01/2024 - 09:28

A execução de um condenado à morte por asfixia por gás nitrogênio está agendada para a próxima quinta-feira (25) no estado do Alabama, nos Estados Unidos. Este método, inédito nos EUA, foi autorizado em 2018 pelo estado, juntamente com Oklahoma e Mississippi, como alternativa diante das crescentes dificuldades em encontrar drogas para injeções letais, o método mais comum de execução no país.

Kenneth Smith, de 58 anos, foi condenado por matar uma mulher em março de 1998, em um crime encomendado pelo marido da vítima, um pastor, que posteriormente se suicidou. A defesa de Smith tentou evitar a execução, alegando que ele já sofreu trauma físico e psicológico durante uma tentativa anterior de injeção letal em novembro de 2022.

A hipóxia por nitrogênio, método proposto para a execução, busca privar o detento de oxigênio ao forçá-lo a respirar nitrogênio puro. Este gás incolor e inodoro, constituinte majoritário do ar inalado por humanos, seria administrado através de uma máscara, induzindo inconsciência e, posteriormente, a morte por falta de oxigênio.

Críticas surgiram em relação ao procedimento, com a defesa argumentando que a máscara proposta não é completamente fechada, podendo resultar em uma execução prolongada e até deixar o condenado em estado vegetativo. Peritos da ONU alertaram que tal método violaria a proibição de tortura e penas cruéis. A Associação Médica Veterinária Americana também destacou que a hipóxia por nitrogênio pode ser aceitável para a eutanásia de porcos, mas não para outros mamíferos.

A execução pode ser adiada, já que o 11º Tribunal de Apelações dos EUA ouviu argumentos na sexta-feira (19) sobre o pedido de Smith para impedir a execução. Após a decisão do tribunal, qualquer parte envolvida pode recorrer à Suprema Corte dos EUA.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).