Malcolm X, nascido Malcolm Little em 1925, foi um dos maiores defensores dos direitos negros nos EUA, cuja vida foi marcada por resistência e transformação. Criado em meio ao racismo violento da época, ele se envolveu com o crime na juventude, mas, na prisão, encontrou a Nação do Islã (NOI), grupo que o levou a se reinventar como um líder revolucionário. Adotando o “X” para simbolizar seu nome africano perdido na escravidão, ele se tornou uma voz poderosa contra a opressão racial, defendendo a autodefesa e a libertação dos negros “por qualquer meio necessário”.
Sua filosofia inicial pregava o separatismo negro, mas, após romper com a NOI em 1964, ele ampliou sua visão. Uma peregrinação a Meca o fez reconhecer a possibilidade de solidariedade entre raças, e ele passou a combater não só o racismo, mas também os regimes ditatoriais de toda ordem. Fundou a Organização da Unidade Afro-Americana, buscando unir negros na luta global por justiça.
Malcolm X foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, durante um discurso em Nova York. Seus ex-companheiros da Nação do Islã foram acusados do crime. Sua morte, porém, não apagou seu legado. Ele influenciou gerações de ativistas, do movimento Black Power ao Black Lives Matter, e sua autobiografia permanece como um manifesto contra a opressão. Malcolm X ensinou ao mundo que a liberdade exige luta incansável, e sua coragem continua a inspirar quem busca um futuro mais humano e justo.