A greve dos professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) teve início nesta terça-feira (7), após decisão da categoria em uma votação eletrônica realizada na última sexta-feira (6). Com 50,96% dos votos favoráveis, a adesão à mobilização foi aprovada.
Dos 1.250 professores filiados à Apufsc-Sindical, entidade que representa os docentes da instituição, 637 votaram a favor da greve, enquanto 596 foram contra (47,68%) e 17 optaram por votar em branco.
Conforme o sindicato nacional Andes-SN, a adesão ou não à greve é uma escolha individual de cada professor. A orientação é que os alunos sejam informados se o docente vai ou não participar da paralisação.
A UFSC junta-se ao movimento nacional dos professores de instituições federais, que iniciou a greve em 15 de abril. Segundo informações do sindicato, pelo menos 47 instituições, incluindo universidades federais, institutos e Cefets (Centro Federal de Educação Tecnológica), aderiram à paralisação.
Uma das principais reivindicações da categoria é o reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%, a partir de 2024. No entanto, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos manteve a proposta de reajuste zero para os docentes federais em 2024, o que motivou a continuidade da greve por tempo indeterminado.
A Apufsc-Sindical argumenta que os professores enfrentam uma defasagem salarial de 35% e também demandam a reestruturação da carreira e a recomposição do orçamento das universidades.