A 29ª Promotoria de Justiça da Capital, por meio do promotor Wilson Paulo Mendonça Neto, acionou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar a qualidade da água que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) está fornecendo ao bairro Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis
Após denuncias e ampla investigação, ficou constatado que uma água aparentemente barrenta é oferecida aos moradores da localidade. “Acredita-se que mais de uma centena de unidades consumidoras estão recebendo água imprópria para o consumo, podendo essa situação ser estendida a todo bairro”, diz relatório elaborado pelos agentes do Gaeco.
O caso foi aberto em junho de 2024, após diferentes reclamações de moradores da região. O documento apontou para a represa de captação de água da Casan no Rio Tavares. Os integrantes do Gaeco realizaram a diligência desde o mapeamento do ponto da Casan até o trajeto ao local – foram 850 metros de “trilha” até a chegada.
Os agentes testemunharam ligações improvisadas diretamente do cano, com uso de mangueiras. Encontraram ainda uma estrutura abandonada da Casan.
O que diz a Casan
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) informa que ainda não foi notificada sobre a instauração do referido Inquérito Civil. A Companhia reitera que tão logo tome ciência sobre formalmente o teor do inquérito, irá analisar juntamente com a área técnica e jurídica e dentro do prazo estabelecido, será prestado as informações requisitadas pelo Órgão Ministerial.