Após chegar a um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Julian Assange, conhecido pelo vazamento de informações confidenciais no WikiLeaks, deixou a prisão no Reino Unido.
Dessa forma, ele deverá se declarar culpado das acusações feitas pelos EUA e, na sequência, poderá retornar a seu país natal, a Austrália.
“JulianAssange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá”, comunicou o perfil do WikiLeaks no X (antigo Twitter).
Em 2010, Assange publicou documentos confidenciais sobre as invasões dos Estados Unidos ao Afeganistão e ao Iraque, assim como sobre o tratamento de prisioneiros na prisão de Guantánamo.
A partir de então, ele passou a ser acusado de uma série de crimes, incluindo o de estupro contra uma mulher na Suécia, país em que vivia.
Assange fugiu para o Reino Unido, mas foi detido após a Suécia emitir um mandado de prisão internacional. Enquanto aguardava o julgamento que decidiria se seria extraditado, ele conseguiu asilo na Embaixada do Equador em Londres.
Sete anos depois, em 2019, o governo do Equador revogou o asilo concedido a Assange e ele foi preso pela polícia britânica.
Em maio do mesmo ano, os Estados Unidos indiciaram Assange pelo vazamento do WikiLeaks.
Ao todo, ele passou 1.901 dias em uma prisão de segurança máxima, até que chegasse a um acordo com o Departamento de Justiça americano.
“Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, diz outro techo da mensagem publicada no perfil do WikiLeaks.