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Fumaça preta ou branca? Como são produzidos os sinais do conclave

Foto: David Lees/Wikimedia Commons

Por: Ewaldo Willerding Neto

08/05/2025 - 07:05

Cardeais do mundo todo estão reunidos na Capela Sistina, no Vaticano, para escolherem o substituto do Papa Francisco. Um dos procedimentos mais aguardados durante o evento é a emissão de fumaça ao fim das votações – preta, se o novo papa não tiver sido escolhido, e branca, caso a escolha tenha sido feita.

Nesta quarta-feira (7), a fumaça foi preta, o que indica a continuação do conclave até um dos cardeais atingir dois terços dos votos.

A produção da fumaça envolve combinações específicas de elementos químicos e um processo elaborado: dois fogões são utilizados em conjunto, conectados a um sistema de exaustão que direciona a fumaça para fora.

A história da fumaça

Segundo um artigo publicado em 2013, na Catholic News Agency, antes, o “aviso” era produzido por meio de palha molhada (fumaça branca) e piche (fumaça preta).

No entanto, depois de alguns “alarmes falsos”, os representantes do Vaticano buscaram outras maneiras de anunciar ao público que a eleição foi finalizada.

Assim, a partir do conclave que elegeu o Papa Bento XVI, a química moderna foi utilizada no processo, num sistema eletrônico com cartuchos pirotécnicos para produção dos vapores.

Como é feita a fumaça preta do conclave?

De acordo com um artigo publicado por Juris Meija (PhD em química) no periódico “Analytical and bioanalytical chemistry”, em 2013, da editora Springer Nature, “ a fumaça preta do conclave agora é obtida com a ajuda de perclorato de potássio, antraceno e enxofre, em vez de piche preto”.

Já a fumaça branca é produzida através de uma mistura de clorato de potássio, lactose e colofônia (uma resina âmbar obtida de pinheiros), conforme afirmou Meija. A partir deste composto, tem-se a coloração esbranquiçada na hora que o vapor sobe.

* Com informações da Gazeta do Povo

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.