A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) fechou nesta sexta-feira (28) o balanço semestral de ocorrências atendidas pelo Programa Resgate de Fauna.
Neste período, foram recolhidos das áreas residenciais do município 243 animais silvestres, entre pássaros, répteis, mamíferos, entre outros que compõem o bioma da Mata Atlântica. Este número é 5,7% menor ao registrado no primeiro semestre de 2023.
Desde que o Programa Resgate de Fauna da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) iniciou, em 2017, o número de ocorrências vinha aumentando, mas começou a registrar queda nos últimos anos.
Para o biólogo da Fujama, Christian Raboch Lempek, existem fatores que podem ter causado para redução dos resgates.
“Apesar de não ser significativa, essa diminuição também está ligada muito à parte do clima. Se em determinada época chove muito ou faz mais frio, os bichos tendem a não sair tanto assim da toca. Saindo menos, menos chance do animal entrar em uma casa ou entrar em uma empresa”, comentou o biólogo da Fujama.
“Outro fator também é o trabalho de educação ambiental que fazemos há anos na rede social. Isso faz com que as pessoas conheçam mais os animais e saibam que a maioria deles é inofensivo. Isso faz com que elas mesmas retirem os animais do domicílio, até mesmo espantado-os até natureza”, completou.
Cuidados
Christian Raboch afirmou que, pelo fato de 40% do território de Jaraguá do Sul ser composto por Mata Atlântica, é normal que espécies nativas acabem perto ou dentro de áreas residenciais.
“Lembrando que a pessoa tem que solicitar o resgate somente se o animal estiver em perigo iminente para ele ou para a pessoa. Se tiver um gambá em cima de uma árvore ou se tiver um lagarto e um terreno baldio ou algo assim, não precisa solicitar resgate. Eles estão no ambiente deles. Agora, se o animal está encurralado, não consegue sair ou está ferido, aí sim, a pessoa deve solicitar o resgate. Na dúvida, não saia pegando o bicho, principalmente serpentes. Manda uma mensagem para nós da Fujama com uma foto do animal. Assim, a gente certifica, por exemplo, se é uma dormideira, espécie inofensiva, ou uma jararaca, cobra peçonhenta, para a gente passar as recomendações certinhas até a chegada da equipe no local da ocorrência”, orientou Christian Raboch.
Entre os espécimes resgatados no município, os mais comuns são gambás e serpentes. “Os gambás praticamente a gente resgata o ano todo, já répteis como lagartos e cobras, geralmente, na época da primavera e do verão”, observou o biólogo.
Serviço
De segunda a sexta-feira o resgate de animais silvestres pode ser solicitado à Fujama no horário das 7h às 17h, pelo telefone (47) 3273-8008. Já no período da noite, finais de semana e feriados este serviço pode ser solicitado por meio de telefone de emergência 193 dos Bombeiros Voluntários.