A Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama) ainda aguarda o resultado das análises laboratoriais que irão embasar o parecer técnico sobre a contaminação de um afluente do Rio Jaraguá, em Jaraguá do Sul. A liberação desse laudo é considerada decisiva para a definição das sanções aos responsáveis pelo dano ambiental, que resultou na morte de aproximadamente duas toneladas de peixes.
O episódio ocorreu entre os bairros Rio Cerro e Rio da Luz, onde o lançamento de uma substância tóxica em um ribeirão comprometeu a qualidade da água e levou à mortandade em massa da fauna aquática.
Segundo o biólogo Gilberto Duwe, da Fujama, a coleta de dados em campo já foi concluída.
“As análises das amostras de água ainda não ficaram prontas, mas provavelmente serão entregues ainda nesta semana pelo laboratório. Já encerramos a parte de fiscalização no local e reunimos uma quantidade significativa de informações. Agora, aguardamos apenas os resultados para concluir o parecer técnico e determinar as medidas cabíveis aos responsáveis pela contaminação”, explicou.

Divulgação/PMJS
A resposta imediata das equipes de fiscalização foi essencial para a identificação dos envolvidos e para a adoção de medidas que evitem a repetição de incidentes semelhantes. Uma força-tarefa composta pela Defesa Civil, Secretaria de Obras, Bombeiros Voluntários e integrantes do Clube de Canoagem Kentucky atuou na contenção dos impactos e na retirada dos animais mortos.
A operação ocorreu no dia 26 de agosto e mobilizou diversas frentes ao longo do Rio Jaraguá. Os peixes foram recolhidos em sacos plásticos e, posteriormente, transportados ao aterro sanitário localizado em Mafra. A estimativa é de que cerca de duas toneladas de espécimes tenham sido retiradas do local.
A Fujama reforça que o despejo de substâncias nocivas em corpos hídricos é uma infração séria, sujeita a penalidades severas, que variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. O órgão ambiental seguirá acompanhando o caso até a completa responsabilização dos autores e a implementação de ações preventivas para proteger os recursos naturais da região.