A prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou a aplicação da Dose Zero da vacina tríplice viral em crianças com idade entre 6 meses e 11 meses e 29 dias. A iniciativa atende à recomendação do Ministério da Saúde e tem como objetivo ampliar a proteção infantil diante do atual cenário epidemiológico do sarampo nas Américas.
Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), até abril de 2025 foram registrados 2.325 casos de sarampo em países da região, com quatro óbitos confirmados. O número representa um aumento superior a 1.000% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar de o Brasil manter o status de área livre de circulação do vírus, a presença de casos em países vizinhos eleva o risco de reintrodução da doença em território nacional.
Em Florianópolis, a Dose Zero está disponível para crianças de 6 a 8 meses exclusivamente nos centros de saúde referência da capital: Abraão, Campeche, Canasvieiras, Costeira, Estreito, Ingleses, Lagoa da Conceição, Monte Cristo, Rio Vermelho, Saco dos Limões, Saco Grande, Tapera e Trindade. Para crianças a partir de 9 meses, a vacina pode ser administrada em todas as unidades de saúde do município. Para ambos os grupos, é possível se imunizar também no Espaço Imuniza Floripa – localizado na Policlínica da Mulher e da Criança – e na Van Imunizar.
O sarampo é uma infecção viral altamente transmissível, com potencial para provocar complicações graves, como pneumonia e encefalite, especialmente em crianças pequenas. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola e a Dose Zero funciona como uma proteção adicional até que o bebê atinja a idade para iniciar o esquema vacinal de rotina, que prevê aplicações da tríplice viral aos 12 e 15 meses de vida.
“A reintrodução do sarampo é um risco real e é nossa responsabilidade coletiva evitar que ele volte a circular. A vacina é uma medida segura, eficaz e fundamental de proteção e manter as coberturas vacinais em dia é essencial para impedir que doenças já controladas voltem a representar uma ameaça à saúde pública”, destaca o secretário municipal de Saúde, Almir Gentil.