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Familiares recebem orientações para inserção de crianças no ano letivo em Florianópolis

Mais de 13 mil crianças estão matriculadas na educação infantil da rede municipal de ensino | Foto PMF/Divulgação

Por: Ewaldo Willerding Neto

15/02/2019 - 06:02

Mais de 13 mil crianças, entre quatro meses e cinco anos de idade,  estão matriculadas na educação infantil  da rede municipal de ensino de Florianópolis. Com o início do ano letivo, uma das preocupações sentidas pelas famílias é sobre a entrada ou o retorno dos filhos e filhas a uma das 88 unidades de atendimento.

Será que eles vão chorar? Quem serão as professoras? Há algum cuidado pensado para acolhê-los?  E se não comerem?  São muitas as perguntas que podem surgir para as famílias, bem como há  diversos sentimentos que  afligem as crianças e as profissionais.

Durante o processo de inserção das crianças, é permitido que um dos familiares permaneça no núcleo de educação infantil municipal (Neim).  Também é incentivado o aleitamento materno, que as mães compareçam à unidade para alimentar os bebês ou que encaminhem o leite extraído manualmente.

Nos primeiros dias, o atendimento será individualizado para que as professoras obtenham o máximo de informações  sobre cada criança e para que haja uma aproximação mais personalizada entre família e com quem trabalha na unidade  De horário reduzido no início, a permanência dos pequenos no Neim aumentará gradativamente  para que sejam construídos de forma segura  vínculos afetivos entre as crianças e o espaço educativo.

Uma das preocupações das famílias é sobre a entrada ou o retorno dos filhos e filhas das unidades de ensino | Foto PMF/Divulgação

Algumas orientações:

1 – As crianças têm direito à presença de um de seus familiares na unidade de educação infantil durante seu processo de inserção, e essa permanência e acompanhamento  serão negociados a partir da necessidade das crianças e possibilidades da família;

2 – Os bebês não necessitam interromper o aleitamento materno para se inserirem na Educação infantil. A orientação é  que as mães continuem o aleitamento, podendo ir à unidade sempre que necessário ou encaminhando o leite extraído manualmente. A unidade educativa organizará reuniões para orientar as mães dos bebês com relação à continuidade do aleitamento materno.

3 – Os primeiros dias serão organizados com atendimento individualizado, seguido de atendimento em horário reduzido, de forma a facilitar a constituição dos vínculos afetivos entre crianças, profissionais e famílias.

4 – O atendimento individualizado nos primeiros dias é importante para que as profissionais possam ter informações sobre as crianças, bem como, para oportunizar a estas e suas famílias uma aproximação mais personalizada com as profissionais.

5 – O atendimento reduzido e a ampliação gradativa da permanência na unidade  ajuda as crianças a construírem de forma segura e gradativa os vínculos afetivos com as pessoas deste espaço. Esta organização envolverá todos do grupo nos primeiros dias para garantir um ambiente que facilite a aproximação e a constituição de vínculos entre crianças, profissionais e famílias.

6 – A inserção é um processo singular e coletivo ao mesmo tempo. Singular porque cada criança tem um tempo próprio para se sentir inserida, o que necessita ser respeitado; e coletivo, porque as relações do grupo serão reconstituídas e se alteram a partir da inserção dos novos que chegam.

7 – O choro não é a única manifestação de estranhamento por parte da criança. Outras reações podem ser identificadas, como por exemplo: recusa ou ansiedade na alimentação, vômitos, dificuldade no sono, apatia, febre, isolamento, irritabilidade. É preciso estar atento a estas diversas manifestações, acompanhando-as juntamente com as profissionais.

8 – É importante que os familiares demonstrem confiança às crianças durante este processo. Contudo dúvidas, ansiedade, angustias podem surgir neste percurso de entrada na educação infantil. Isto é normal. Mas, é importante manter o diálogo com as profissionais da unidade, de forma que todos possam se ajudar neste processo. Procure conversar com as profissionais sempre que sentir necessidade.

9 – As profissionais das unidades educativas bem como a Diretoria de Educação Infantil, ficam a disposição para conversar e elucidar qualquer dúvida que surja sobre o processo de inserção da educação infantil.

10 – Com as famílias, o projeto de inserção do ano posterior sempre é debatido, e aprovado,  no final do ano letivo vigente .

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.