Durante novembro, mês da Consciência Negra, a Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, no Santinho, terá uma série de atividades dentro do projeto A Flor da Pele. A iniciativa aborda temas referentes à Educação das Relações Étnico-raciais (ERER), visando o fortalecimento de identidades e de direitos e ações de combate ao racismo e as discriminações.
Nesta quarta-feira (6), pela manhã, para mais de 300 estudantes dos primeiro ao quinto ano, ocorrerá apresentação de dança, com o Studio Andréia Zaida, com as coreografias: Sambalé, Muito obrigada Axé e o Canto das Três Raças. Andréia é uma referência por ser a primeira bailarina negra formada em ballet clássico em Santa Catarina. Em seu studio de dança ela criou um sistema de bolsas de formação em ballet para crianças negras.
Durante os dois períodos, haverá o “Dia da Beleza Negra”, com maquiadores, cabeleireiros e fotógrafos para todos que fazem parte do projeto a Flor da Pele, que são estudantes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental. Antes, haverá uma roda de conversa sobre a beleza negra e identidade, e em seguida, começará produção.
À medida que os looks ficarem prontos, serão realizadas as fotografias. As fotos tiradas dos estudantes farão parte da exposição “A Flor da Pele”, que será instalada no dia 3 de dezembro na escola. Às 16 horas acontecerá um desfile aberto à comunidade.
O Dia da Beleza Negra contará com a parceria dos fotógrafos Valéria Binatti e Eduardo Lopes; cabeleireira afro Jessika Prestes; Maquiadoras Nina Hoffmann e Lívia Erthal; figurinos da Acervo Nequesa e Engenho do Zé, e do sonoplasta Cícero Souza.
O QUE É O PROJETO
A Flor da pele consiste em uma série de oficinas, rodas de conversa, palestras, exibições de audiovisuais, dia da beleza negra, desfile de identidade afro, seções de fotografia, gravação de documentário e exposição fotográfica. O Projeto tem o caráter de promover uma participação espontânea dos estudantes nas ações, possibilitando que eles possam aderir voluntariamente às atividades.
As atividades, em sua grande maioria, ocorrem no contraturno escolar e conta com o apoio de outros profissionais voluntários para que a troca de experiência seja mais rica e transformadora, observa a professora Ednéia Patricia Dias, responsável pelo projeto.
Ednéia ressalta que os estudantes não são divididos por idade ou ano que frequentam. Com isso, há interação entre os matriculados do primeiro ao nono ano do ensino fundamental. “Todos, interagindo um com outro, podem criar ferramentas que auxiliam na implementação de ações antirracistas na unidade escolar”, complementa.