O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Jaraguá do Sul segue com o trabalho de levantamento de dados sobre o sistema de drenagem no município. Estes dados são importantes para a elaboração do Plano Diretor da Drenagem Pluvial.
Quando há a necessidade, é feita a limpeza da estrutura para uma melhor leitura das informações. E na tarde desta terça-feira (25), os técnicos se surpreenderam com a quantidade de lixo e entulho retirado de uma boca de lobo na Rua Reinoldo Rau, na esquina com a Rua João Marcatto.
De acordo com o coordenador de drenagem, Derli Gonçalves Ribeiro, o material provavelmente veio de outro local carregado pela água em dias de chuva forte. Essa situação ilustra bem o que ocorre em outras regiões da cidade.
A dificuldade é identificar quem e o que causou o acúmulo de material na rede, onde deveria escoar apenas a água da chuva. “É um problema de difícil solução devido à falta de conscientização”, completa Derli.
Para se ter uma ideia, somente em 2021 o setor de drenagem já abriu 804 Ordens de Serviço (O.S). Destas, 160 foram para desobstruir bocas de lobo. E na maioria das vezes o entupimento é causado por materiais que deveriam estar na lixeira.
Outra situação frequente é o esgoto doméstico que vai parar na rede pluvial e isso é crime. Também é comum encontrar nas galerias cimento usado em construções.
Materiais depositados em locais inadequados, como areia e brita, também são levados para a tubulação de água da chuva, obstruindo a rede. De acordo com o fiscal de atividades urbanas, Liandro Piske, situações como essas são passíveis de multa.
“O código de posturas é claro em relação a isso. Primeiro nós orientamos, mas se não houver providências aplicamos a multa”, disse. “É importante que as denúncias cheguem acompanhadas de registros como fotos, placas de veículos, etc.”, orienta
Para o diretor presidente do Samae, Ademir Izidoro, os casos relacionados ao acúmulo de material na rede de água pluvial, revela a falta de conscientização de algumas pessoas. “Se queremos uma cidade organizada, isso depende da atitude de cada um de nós. A prefeitura está fazendo a sua parte, mas em últimos casos, teremos que multar”, destacou.
Denúncias podem ser feitas através da ouvidoria da prefeitura no 156.