A situação financeira das empresas está dificultando a realização de investimentos, que tiveram uma queda de 3,4% no primeiro trimestre, se comparado aos três meses anteriores. Os dados são do IBGE e foram divulgados pela Gazeta do Povo. Alexandre Maluf e Rodolfo Margato, economistas da XP Investimentos, apontam que as empresas estão mais endividadas.
A situação piorou nos últimos 12 meses. Um estudo feito pela TC Economática a partir do desempenho de 312 empresas brasileiras aponta que a receita operacional líquida nominal (não incluída a inflação) teve um crescimento de 4,51% no comparativo entre o primeiro trimestre de 2022 e 2023. Já o resultado operacional ou geração de caixa, medido pelo indicador Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês), por sua vez, caiu 4,19%.
Ainda segundo o estudo, o lucro líquido das empresas sofreu uma redução ainda maior: 37%. Além disso, 31% das empresas fecharam o primeiro trimestre do ano no vermelho, ou seja, com prejuízo. O segmento mais impactado negativamente foi o de frigoríficos.