O bilionário sul-africano Elon Musk, dono de empresas como SpaceX e Tesla, anunciou que o primeiro ser humano a receber um implante cerebral da Neuralink conseguiu mover o mouse de um computador somente com a força do pensamento. O feito impressionou milhares de pessoas, mas o que poucos sabem é que é possível mover alguns objetos sem um implante, usando apenas as ondas cerebrais. Uma forma divertida de ver isso é através do jogo Mindflex.
A brincadeira funciona da seguinte maneira: primeiro é colocada uma bandagem na testa do jogador e então ele precisa conseguir ligar o aparelho e fazer com que a bolinha se mova e percorra obstáculos pela plataforma, tudo isso, apenas com a força do pensamento.
Quanto mais o jogador se concentrar, mais alto a bolinha subirá e mais fácil será realizar o percurso. A neurocientista e especialista em neurofeedback, Drª Emily Pires, explica que apesar de tudo parecer mágica, existe toda uma ciência por trás do jogo.
“O fato da bolinha subir e descer com o ‘poder da sua mente’ é porque a bandagem possui um dispositivo que capta as ondas cerebrais, especificamente a onda beta no córtex pré-frontal, que é a região do cérebro onde trabalhamos a concentração, foco, direcionamento e planejamento. Esses sinais elétricos são enviados para o circuito eletrônico do brinquedo, que realiza cálculos para determinar o seu nível de atenção e meditação, fazendo que o dispositivo ligue e a bolinha se movimente. Caso você se desconcentre em algum momento do jogo, a bolinha para de subir e o brinquedo desliga”, explica a neurocientista.
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De acordo com o Profº Faria Pires, diretor técnico da BrainEstar, uma das poucas instituições no Brasil a realizar o neurofeedback e a possuir o selo de reconhecimento internacional emitido pelo ISNR – International Society for Neuroregulation & Research, esse dispositivo e a técnica neurofeedback são fundamentais para melhorar o foco e a concentração.
“O neurofeedback permite que os indivíduos vejam em tempo real a atividade elétrica de seus cérebros, proporcionando uma compreensão mais profunda de como suas emoções estão sendo gerenciadas. Através de sessões de treinamento, os participantes aprendem a autorregular essas atividades cerebrais, promovendo um estado de calma e foco, além de outros benefícios que são fundamentais para uma vida mais saudável”, comenta.
O neurofeedback tem comprovação científica e eficácia comprovada por pesquisadores de diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá. Além disso, as associações de pediatria americana e britânica recomendam esta técnica como opção não medicamentosa. O Neurofeedback também é utilizado inclusive pela comunidade médica em geral como um apoio para diagnósticos e tratamentos de doenças.