Aline Füchter Ouriques passou por uma avaliação médica para fazer uma cirurgia de reconstrução de face, nesta quinta-feira (3), em Blumenau, no Vale do Itajaí. As informações são do G1.
Nas suas redes sociais, a caminhoneira fez uma publicação sobre a consulta. Aline se envolveu em um acidente com outro caminhão na BR-174, entre Pontes Lacerda e Porto Esperidião, no Mato Grosso, em 13 de janeiro.
“Gente, estou aqui em Blumenau, onde vou operar meu rosto. O médico disse que vai me deixar mais bonita que antes. Mas primeiro temos que tratar o inchaço para depois poder operar”, escreveu Aline na publicação.
De acordo com o médico José Martins Júnior, se tudo ocorrer como o planejado, a cirurgia deverá ocorrer na semana do dia 16 de fevereiro. Na segunda-feira (7), segundo ele, uma nova consulta será realizada para avaliar os exames solicitados. O médico não passou mais detalhes das lesões de Aline por conta do sigilo médico.
“Ontem foi a primeira avaliação dela. Solicitei exames de imagem para ter o diagnóstico preciso das fraturas”, disse o médico.
A caminhoneira que reside em Tubarão, no Sul catarinense, chegou em casa na segunda (31) após ter alta médica no Mato Grosso. Para se deslocar até a cidade, Aline teve que alugar um carro e percorrer mais de dois mil quilômetros, após ser impedida de embarcar no voo em Cuiabá para retornar a Santa Catarina.
Reencontro com a mãe
Aline publicou em uma rede social o momento do reencontro com sua mãe, nesta sexta-feira (4). Emocionada, a mãe diz “Meu Deus do céu” e vai ao encontro da filha e as duas se abraçam.
A caminhoneira mostrou em um vídeo no canal do Youtube os seus pertences pessoais que estavam no caminhão no dia do acidente. Alguns ficaram intactos e outros, como um rádio, um caderno e um travesseiro, ficaram bastante danificados.
O rádio PX que estava no caminhão “se acabou em nada”, segundo ela. O aparelho era novo. Ela se asustou ao olhar o caderno. O objeto foi achado no mato após o acidente por um amigo de Aline. Ela também disse no vídeo que o volante do caminhão não foi encontrado após o acidente.
“Deus me guardou numa caixinha bem pequenininha. Porque, para vocês verem, não se tem noção nem do volante, onde foi parar o volante do caminhão. Eu só fiquei naquele cantinho, bem pequenininho. Deus ficou comigo ali para eu não morrer porque o negócio foi feio”, disse Aline.
Sequelas do acidente
Aline passou por algumas intervenções cirúrgicas no braço e na perna direita e a cirurgia no rosto será a última que a caminhoneira irá fazer. Desde o acidente, ela se locomove por cadeira de rodas.
Foto: Arquivo Pessoal
“Eu comprei a muleta para andar, mas eu não consigo andar de muleta porque, em todo esse lado esquerdo, a perna e o braço estão quebrados. Então eu precisaria usar pelo menos o braço para apoiar”, disse.