Dermatologista fala sobre uso do mesmo protetor solar no corpo e no rosto

Foto: Arquivo Pessoal

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

03/02/2024 - 13:02 - Atualizada em: 03/02/2024 - 13:58

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Naiana Sá esclarece essa dúvida comum e fornece orientações para prevenir o câncer de pele e o envelhecimento precoce. Especialista também desmitifica o uso do protetor solar e a absorção de vitamina D.

O verão segue até o mês de março, e junto com os dias ensolarados surge uma dúvida comum: será que podemos usar o mesmo protetor solar no corpo e no rosto? A dermatologista Naiana Sá, com cerca de 15 anos de atuação, esclarece que sim, é possível, desde que o produto escolhido seja adequado para ambas as áreas.

Segundo a especialista, a escolha do protetor solar deve levar em consideração fatores como o tipo de pele e as condições climáticas. “O mais importante é escolher um protetor solar de amplo espectro, com fator de proteção solar (FPS) adequado ao seu tipo de pele, de no mínimo 30”, destaca Naiana.

A especialista explica, ainda, que a pele do rosto é mais sensível e está constantemente exposta aos raios solares, tornando-se crucial a aplicação regular de protetor solar nessa região durante o ano todo.

“A escolha do produto deve levar em consideração a textura mais adequada para o rosto, como loções ou géis, que são absorvidos mais facilmente e não obstruem os poros e hoje em dia já é possível encontrar produtos para o corpo todo com essas características”, afirma Naiana.

Exposição solar consciente

Para uma exposição ao sol consciente, Naiana alerta para se evitar os horários de pico solar, entre 10h e 16h, optando por roupas leves, chapéus e óculos de sol. Além disso, buscar sombras e evitar exposições prolongadas são medidas essenciais.

Câncer de pele e a importância do protetor solar

Com mais de 175 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil. Estima-se que 1 entre cada 4 casos de câncer diagnosticados se originam na pele ou nas mucosas. Por isso, Naiana ressalta que o uso regular de protetor solar nos 365 dias do ano é crucial para prevenir essa doença, uma vez que a exposição desprotegida aos raios UV é um fator significativo de risco.

Envelhecimento precoce da pele e a exposição sem proteção

 

Além do câncer de pele, a exposição solar sem proteção adequada pode acelerar o envelhecimento da pele. Os raios UV podem causar danos ao colágeno e elastina, resultando em rugas e manchas. O uso consistente de protetor solar não apenas protege contra danos solares imediatos, mas também desempenha um papel crucial na prevenção do envelhecimento precoce.

Mito da Vitamina D

Naiana destaca que, de fato, a exposição solar é uma fonte importante de vitamina D, fundamental para a saúde óssea e imunológica. No entanto, o uso de protetor solar não anula completamente essa absorção. O protetor solar é projetado para filtrar os raios UVB, responsáveis pela síntese de vitamina D na pele, mas não os bloqueia completamente.

“A exposição moderada ao sol, mesmo com protetor solar, ainda permite a produção de vitamina D, enquanto protege contra danos mais graves causados pelos raios ultravioleta”, explica.

Portanto, a utilização regular de protetor solar não deve ser vista como uma barreira para a absorção de vitamina D. Em vez disso, representa uma forma de prevenção importante de danos à pele, como queimaduras solares, envelhecimento precoce e, especialmente, o risco de câncer de pele.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).