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Dengue: Prefeitura de Jaraguá do Sul anuncia novas medidas para conter avanço da doença

Foto: Eduardo Montecino/PMJS

Por: Elisângela Pezzutti

27/03/2024 - 17:03 - Atualizada em: 27/03/2024 - 17:59

A Prefeitura de Jaraguá do Sul está adotando novas medidas – além das já implementadas – para conter o avanço da dengue no município. Na última semana, foram registrados 849 novos casos da doença na cidade e identificados 928 focos do Aedes aegypti. A Ilha da Figueira é o bairro com maior número de focos do mosquito transmissor, com um total de 82. As informações foram repassadas à imprensa em entrevista coletiva realizada na sala de reuniões do gabinete do prefeito Jair Franzer na manhã desta quarta-feira (27).

As novas ações incluem a contratação de equipe exclusiva para limpeza de terrenos públicos, que hoje somam mais de mil, intensificação na fiscalização dos terrenos privados com mato alto, entulhos e sujeira e a realização, em parceria com o Samae, do Programa “Bota Fora” nas seguintes datas e locais:

06 e 07/Abril – Vila Lenzi / Chico de Paulo
13 e 14/Abril – Rau / Czerniewicz
20 e 21/Abril – Jaraguá Esquerdo / São Luís / Barra do Rio Cerro
27 e 28/Abril – Ilha da Figueira

O objetivo é recolher materiais de difícil transporte e descarte e que não são passíveis de reutilização (materiais velhos ou estragados). Serão aceitos colchões, armários, sofás, fogões, geladeiras, computadores e resíduos volumosos em geral. Não serão aceitos materiais de construção civil, restos de podas de árvores, pneus e materiais inflamáveis ou tóxicos, tecidos e roupas.

Para facilitar a triagem, a equipe de coleta será composta por um caminhão que fará a coleta de eletrônicos, como computadores, televisores, monitores, etc.; um caminhão para metais, para coletar fogões, geladeiras, máquinas de lavar e outros; um caminhão para coletar materiais de madeira, como camas, estrados, armários etc. (materiais estes
com possibilidade de trituração e reutilização); e um caminhão para coletar colchões, sofás e espumas em geral.

O prefeito Jair Franzner apela à população para que esteja atenta aos cuidados de prevenção. “Isso não é brincadeira. Qualquer pessoa da nossa família pode pegar essa doença. Tem a tal da dengue hemorrágica, que é muito perigosa. Então, dê um reforço na limpeza em volta da sua residência, olhe em volta na vizinhança, ajudem-se uns aos outros para que a gente possa realmente, junto com todas essas ações da Prefeitura, estancar esse problema”.

Franzner também fez um alerta com relação aos hospitais da cidade, que estão com os leitos lotados. “Nós chegamos a triplicar o número de médicos no Hospital Jaraguá para atendimento das nossas crianças, mas mesmo assim, infelizmente, tem momentos que as pessoas chegam a ficar até cinco ou seis horas na fila. E não tem mais capacidade de colocar mais leitos porque não tem espaço. A mesma coisa acontece no Hospital São José”, explica o prefeito.

Foto: Eduardo Montecino/PMJS

Ações que já são realizadas pela Prefeitura para combate e prevenção à dengue

-Aplicação de larvicida durante as visitas em depósitos que não podem ser eliminados imediatamente ou que necessitam de adequação, como ralos e caixas d’água;
– Aplicação de Fluodora nos Pontos Estratégicos (PE), como ferro-velhos, com potencial residual de até dois meses; Sua aplicação é determinada após avaliação técnica realizada pela Regional de Saúde;
-Aplicação de Fumacê via bomba intercostal, em regiões da cidade onde há incidência de casos positivos de dengue;
-Aplicação de Fumacê em parceria com o Estado, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), utilizando veículo;
-Uso de Drone para vistoria de pontos altos na cidade;
-Campanhas de orientação na mídia, distribuição de folders e material educativo sobre a dengue e demais zoonoses para a população e visitas dos agentes de endemias;
-Boletim da Dengue desde 2022, com informações sobre o cenário epidemiológico no município, com indicação dos dez bairros mais infestados;
-Atendimento às demandas de ouvidoria SUS, ouvidoria geral e Aplicativo Jaraguá na Mão, através do qual a população pode denunciar focos do mosquito, entre outras ações.

Foto: Divulgação/PMJS

 

 

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.