Dengue e doenças respiratórias levam a lotação de UTIs infantis em todo o estado

Por: Pedro Leal

16/03/2023 - 13:03 - Atualizada em: 16/03/2023 - 13:19

A alta de casos de doenças respiratórias e de dengue levou a lotação dos leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) neonatais e pediátricas em todo o estado – mais de 90% dos leitos estão ocupados em todas as regiões do estado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

Segundo os dados do painel de leitos do Estado atualizado às 11h desta quarta-feira (15), nas regiões do Planalto Norte e Nordeste, Foz do Rio Itajaí, Vale do Rio Itajaí e Grande Florianópolis todos os leitos de UTI neonatal estão ocupados.

A situação é grave nas outras regiões, com mais de 90% de lotação. A situação menos crítica é no Grande Oeste, com 90% de ocupação. No Meio Oeste e na Serra Catarinense a ocupação é de 93,55%, enquanto no Sul é 92,86%.

A estrutura hospitalar está sendo reorganizada para acompanhar o aumento da demanda em todas as regiões.

Na Foz do Rio Itajaí, a ocupação de leitos de UTI adulto também está em 100%

A secretaria diz que renovou no início do mês os contratos com sete hospitais, que complementam a rede da pasta.

Também está prevista a abertura de mais dez leitos de UTI Neonatal no HRSJ (Hospital Regional de São José), duplicando o número de leitos de UTI Neonatal da unidade.

Leitos de UTI renovados pela SES

  • Hospital Helmuth Nass, em Biguaçu, com 10 de UTI neonatal;
  • Hospital Oase, em Timbó, com 10 de UTI neonatal;
  • Hospital Hélio dos Anjos Ortiz, em Curitibanos, com 5 de UTI neonatal;
  • Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, com 6 de UTI pediátrica;
  • Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, com 6 de UTI pediátrica;
  • Hospital Seara do Bem, em Lages, com 5 de UTI pediátrica;
  • Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, com 4 de UTI neonatal.

Também foi firmada uma parceria com a prefeitura de Florianópolis, para a implantação da Policlínica da Mulher e da Criança, com previsão de abertura para o dia 28 de março.

O espaço com atendimento especializado será uma nova porta de entrada para os pacientes, reduzindo a carga sobre o Hospital Infantil Joana de Gusmão e a Maternidade Carmela Dutra.

A pasta orienta famílias a procurarem UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em casos menos graves, para a diminuir as filas nas emergências dos hospitais.

De acordo com a Secretaria, metade dos atendimentos são pacientes classificados como de baixa prioridade (verde).

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).