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“Corpo Preto” é consagrado em Cannes com Grand Prix inédito e três Leões por projeto que denuncia o racismo estrutural na saúde

Alunos do Idomed:  Bárbara, Jorge, Ana Caroline, Daniel e Matheus | Foto: Divulgação

Por: Elisângela Pezzutti

28/07/2025 - 13:07

O livro Corpo Preto, lançado pelo Instituto Yduqs e pelo Instituto de Educação Médica (Idomed), foi consagrado com quatro prêmios no Festival Internacional de Criatividade de Cannes, um dos maiores e mais prestigiados do mundo. O projeto conquistou o Grand Prix na categoria Industry Craft (Print & Publishing) com o case Nigrum Corpus — sendo a primeira vez que o Brasil recebe um Grand Prix nessa categoria. Além disso, a obra recebeu dois Leões de Ouro — nas categorias Design e Health & Wellness — e um Leão de Bronze, também em Health & Wellness, por sua abordagem sensível, impactante e urgente sobre o racismo estrutural na saúde.

Baseada em uma história real, a obra revela as consequências do racismo estrutural na saúde brasileira, com foco nas microagressões, na negligência e nas profundas desigualdades de acesso e cuidado. O projeto Corpo Preto nasce do compromisso dos institutos com uma educação médica mais inclusiva, diversa e transformadora.

“Receber quatro prêmios em Cannes é uma conquista gigante, mas o mais importante é dar visibilidade a uma pauta tão urgente: a desigualdade no cuidado médico causada pelo racismo e pelos vieses estruturais que ainda persistem na medicina. Estamos colocando a educação no centro da transformação, trazendo luz para um problema real, que atinge milhões de brasileiros. Com o Mediversidade, formamos médicos mais conscientes, mais humanos e mais preparados para cuidar de todas as vidas. Nossa missão, no Instituto Yduqs e no Idomed, é esta: ser agentes de mudança que vai além das salas de aula e impacta diretamente a sociedade”, destaca Claudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs.

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O insight do filme e do livro surgiu a partir dos estudos do programa Mediversidade, que busca ampliar a inclusão de diferentes etnias e contextos sociais na formação médica no Brasil. Um dado que ilustra a urgência do tema é que apenas 3% dos médicos no país são negros, segundo o Conselho Federal de Medicina (2023).

“Receber dois ouros, um bronze e o Gran Pix em Cannes com o Corpo Preto é um reconhecimento internacional que reforça a urgência de olharmos com profundidade para o racismo estrutural na saúde. Este projeto é mais do que uma obra editorial — é um instrumento de transformação social e educacional. No Idomed, acreditamos que a mudança começa na formação médica. Com o programa Mediversidade, estamos preparando profissionais mais conscientes, empáticos e preparados para cuidar de todas as vidas. Essa conquista é um marco para a educação médica brasileira e um incentivo poderoso para continuarmos promovendo uma medicina mais justa e inclusiva”, afirma Silvio Pessanha Neto, CEO do Idomed.

“Ser reconhecidos com um Grand Prix e mais três Leões em Cannes mostra que o marketing pode — e deve — ocupar um papel ativo na transformação social. Nigrum Corpus nasceu de um propósito verdadeiro e foi traduzido em uma narrativa potente e necessária. É um orgulho imenso ver a Yduqs ser premiada por dar visibilidade a temas urgentes com coragem, relevância e criatividade — e mais ainda pelo time incrível que conduziu essa iniciativa com tanta sensibilidade e excelência”, complementa Marcel Desco, vice-presidente de Marketing da Yduqs.

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Elisângela Pezzutti

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.