Já começaram a ser gravados os primeiros episódios do “Virei o Chef”, o programa promovido pela Rede OCP no estilo dos grandes realities de cozinha, gravado e produzido inteiramente em Jaraguá do Sul.
Entre os pratos inscritos, foram selecionados 12, levando em consideração as qualidades e história do prato. Os cozinheiros das receitas escolhidas irão cozinhar para os chefs na gravação do programa, que irá ao ar aos sábados, em todos os canais do OCP News:
Veja quem são os participantes:
Nhoque de batata doce e nata frita com recheio falso – Luis Eduardo Gesser
O primeiro candidato ao prêmio é Luis Eduardo Gesser, que tem 30 anos e é engenheiro civil de formação, porém atua como autônomo. É casado, natural de Massaranduba e já em suas primeiras lembranças possui um afeto muito grande pela culinária. “Desde muito novo minha mãe sempre me ensinou o que pode, e com o passar do tempo fui recorrendo a receitas e preparos através de pesquisas”, conta ele.
Ele sempre sonhou em viver de gastronomia e por isso procurou um curso de chef de cozinha para se aperfeiçoar e tentar realizar esse desejo. “Fiquei muito feliz em ser um dos convocados a participar da competição, espero que consiga conquistar a vitória”, diz, emocionado.
Ele conta que a história do prato escolhido é um pouco inusitada. Luís conheceu o prato ao desfrutar de um bufê bem tradicional de Massaranduba, mas nunca teve afinidade para pedir como funcionava o preparo. Foi então que ao conviver com amizades da esposa, descobriu que a avó de uma amiga de infância dela foi quem idealizou o prato no bufê. Ele explica que foi assim que aprendeu a fazer a receita que tanto amava.
Panceta com purê de abóbora cabotiá – Marlon Willian Pereira da Silva
A panceta é um corte saboroso e versátil, um tipo de carne curado e seco. É uma excelente pedida como prato principal e pode ser servida com algum acompanhamento complementar. Esse foi o prato escolhido pelo participante Marlon Willian Pereira da Silva, que escolheu preparar uma panceta acompanhada de purê de abóbora cabotiá.
Marlon Willian tem 31 anos, é natural do Mato Grosso e mora em Santa Catarina desde os cinco anos de idade. “A gastronomia é parte essencial da minha vida, algo que veio de família. Minhas grandes inspirações são minha mãe e minha tia Creuza”, conta o participante.
O prato é uma forma de lembrar da tia, que cozinhava sempre quando estava junto com o sobrinho e o ensinava receitas incríveis. “Hoje ela me assiste cozinhando lá do céu”, diz, emocionado.
Para Marlon, cozinhar é um ato de paz, amor e paixão. “Você poder servir uma comida a alguém e ver a satisfação em degustar algo que você preparou, não tem preço que pague”, finaliza.
Raízes – Claudio Augusto Dias
Claudio tem 37 anos e é natural de Santo André, em São Paulo, mas vive em Jaraguá do Sul há cerca de 18 anos. A trajetória com a culinária começou ainda na infância, quando ele preparava bolos juntamente com a mãe. “Cresci vendo a minha mãe na cozinha”, conta.
Na vida adulta, ele acabou deixando a culinária um pouco de lado, e retornou quando foi morar sozinho em um apartamento em 2012. “Foi aí que senti a necessidade de cozinhar, fazer a minha comida do dia a dia em casa. Aprendi e estudei através da internet, vendo receitas”, recorda Claudio.
Foi neste período que veio o gosto pela área e ele começou a cozinhar para amigos, preparar alguns jantares para pessoas próximas e cada vez mais desenvolver seu talento. Decidiu fazer um curso na Escola Chef Gourmet e foi então que realmente entrou para o incrível mundo da gastronomia.
A escolha por preparar o prato “Raízes” veio das origens da família do cozinheiro. Ele é descendente de japoneses com brasileiros, o que levou a família a ter um gosto especial pela comida com traços orientais. “Resolvi juntar o oriental com o brasileiro e preparar esse prato, que representa muito as minhas origens”, finaliza.
Rabada com milho verde e agrião – Juliano Rafael Krause
Juliano Rafael Krause tem 39 anos, mora em Schroeder, é casado e tem uma filha de 10 anos. Formado em Comércio Exterior, trabalha na área de vendas internacionais e tem a gastronomia como hobby.
“É uma paixão que despertou lá na minha infância. Sempre via meus pais, avós e tias cozinhando e tive vontade de fazer igual. A paixão pela cozinha já vem do sangue da família”, conta.
Ele conta que tem lembranças de infância do avô, que era caminhoneiro, e preparava uma costela invejável. Ele também relembrou as antigas e famosas coleções de livros de receitas que a mãe tinha. Juliano diz que passava algumas horas olhando as fotos de lindos pratos e imaginando como seria prepará-los.
“Eu tenho uma imensa paixão em cozinhar para minha família e amigos, é na cozinha que demonstrar da melhor forma meu carinho por todos”, explica o participante. Para ele, seu maior desafio é preparar pratos que a filha de 10 anos, Alice, possa comer. Ela tem autismo e possui muita sensibilidade e restrições alimentares, então é comum recusar muitos alimentos devido às texturas. “É quando eu acerto um prato que ela gosta muito, que minha maior conquista e alegria de cozinhar vem”, se emociona.
Com o passar do tempo, foi cada vez mais aperfeiçoando seus conhecimentos na gastronomia e decidiu produzir cerveja artesanal. Foi então que adquiriu muitos conhecimentos sobre elaboração de receitas, harmonizações, combinações de aromas e sabores, e também foi quando se tornou mais crítico com os sentidos do olfato e paladar.
A cerveja também o levou a curiosidade do mundo da coquetelaria, e foi quando fez um curso para aprender mais sobre o universo da destilaria, onde pode desenvolver mais ainda habilidades gastronômicas e aumentar o senso crítico ao paladar.
“Agarro com muita vontade cada oportunidade que tenho para desenvolver minhas técnicas gastronômicas, e sem dúvida alguma estar participando do reality é a maior e mais satisfatória experiência que estou vivendo no mundo gastronômico. Para tudo que sempre fizemos com muito amor, o céu é o limite!”, finaliza o cozinheiro.
Ravioli – Bruna Donat
Formada em Educação Física, a participante Bruna Donat trabalha como personal trainer e gosta muito de praticar esportes. “A cozinha entrou na minha vida como uma obrigação, saí de casa cedo e tive que aprender a me virar, com o tempo comecei a pegar gosto pela culinária e comecei a me interessar mais por esse mundo”, recorda.
Ela conta que tinha o costume de usar os amigos como “cobaias” para as invenções culinárias, e daí em diante criou o costume de ler, procurar, testar e se arriscar cada vez mais a fazer algo diferente. “Acho que hoje minha relação com comida é de amor, eu amo cozinhar e acabo usando isso para demonstrar aos meus amigos o quanto eu gosto deles”, explica Bruna.
A ideia de preparar o ravioli na competição surgiu da vontade de fazer algo diferente, porém cheio de amor e carinho. Ela conta que esse prato foi criado para um jantar com um casal de amigos muito especial. “Nós queríamos recebê-los em casa e fazer com que eles se sentissem felizes”. E deu muito certo! A noite rendeu a apreciação do prato e boas risadas, e agora a iguaria foi escolhida por Bruna para entrar na disputa do prêmio.
Querido quibe – Loide Marquart
A trajetória de Loide Marquart com a culinária começou em casa, cozinhando para as pessoas que mais ama. Além disso, ela também já cozinhou profissionalmente em uma pousada na área de alimentação e tem o costume de fazer jantares para amigos.
Atualmente ela faz curso de chef de cozinha na Escola Chef Gourmet e diz que gosta muito de cozinhar. “Sempre cozinhei desde bem nova, aprendi muitas coisas com a minha mãe que vieram a se confirmar com as técnicas profissionais do curso”, explica a participante. Ela também ressalta que toda a sua família tem costume de cozinhar pratos saborosos e que agradam todos os gostos.
A ideia de preparar o quibe veio por conta da descendência libanesa da mulher. “Nos almoços de família, sempre que nos reunimos era feito esse quibe. A minha mãe aprendeu a fazer com a minha avó e depois disso ela sempre fez para acompanhar outros pratos e acabei aprendendo com ela”, resume.
O toque especial do prato veio da própria Loide, que costuma complementar o sabor com amêndoas. “Como o objetivo do reality era apresentar pratos afetivos, que nos tocassem, escolhi fazer o quibe”, finaliza.
Papanași – Julia Wünsch
Julia Wünsch, também conhecida como Julika, tem 29 anos e é Engenheira de Produção de formação. Ela trabalhou a maior parte da minha vida na indústria têxtil/de confecções, área em que também trabalha hoje em dia.
Há cerca de três anos, decidiu levar a vontade de aprender mais sobre o mundo dos doces mais a sério e buscou se profissionalizar nas áreas de confeitaria e panificação. Foi então que, depois de adquirir mais conhecimento técnico, teve coragem de se lançar nesse mercado com uma loja virtual de confeitaria, a Julika’s Cake Shop, @julikacakeshop no Instagram.
A receita escolhida por Julia para o programa é o Papanasi, um doce tradicional romeno que consiste em uma rosquinha feita à base de queijo de vaca, coberta com creme de nata e geleia. “É uma homenagem aos meus antepassados, pois sou de ascendência romena. Minha avó era imigrante, e veio da Romênia para o Brasil aos 10 anos de idade, no ano de 1930”, conta a participante.
Ele explica que há alguns anos começou a pesquisar mais a respeito de seu segundo país, principalmente depois de decidir aprender um pouco da língua romena. “Acabei tendo curiosidade de conhecer todos os aspectos desta terra tão rica, e a gastronomia se mostra muitas vezes como uma ferramenta fantástica para conhecermos a cultura de um povo”, finaliza.
Na Romênia, o Papanasi é facilmente encontrado nos restaurantes e cafeterias e também consumido no dia-a-dia das famílias nos famosos almoços de domingo.
Almôndegas – Vivian Vaghetti de Oliveira
Já a participante Vivian Vaghetti de Oliveira tem 36 anos e é natural do Rio Grande do Sul, mas há 14 anos mora em Jaraguá do Sul. Ela é técnica em radiologia e atualmente não atua na área de gastronomia, mas tem um enorme amor por tudo o que envolve a cozinha.
“A minha paixão vem desde a infância, quando acompanhava minha avó na cozinha”, resume. Ela também conta que optou por preparar almôndegas por inspiração na avó, que costumava cozinhar a iguaria. “É um prato com grande valor afetivo para mim”, finaliza.
Peixe à Beira Mar – Ademar Alcides Pacheco Filho
Ademar Alcides Pacheco Filho, mais conhecido como Dedé, nasceu em Florianópolis mas mora em Jaraguá do Sul há 38 anos. Ele trabalhou na Celesc por 40 anos e se aposentou aos 43 de carteira assinada. Ele conta que já cozinha há alguns anos no voluntariado desde a sua terra natal até os dias de hoje.
Na Galetada da Apae, que acontece anualmente em prol das pessoas com deficiência atendidas na entidade, ele cozinha há mais de 15 anos. Trabalhou em todos os setores até ter a oportunidade de operar a churrasqueira que assa o galeto. “Quando você é voluntário, não importa o que você está fazendo, você está ali para servir o próximo”, resume.
O prato de Peixe à Beira Mar é uma adaptação de uma receita desenvolvida pela família de Ademar, muito consumida por eles em Floripa. É feita com salmão e outras delícias típicas do litoral, como camarão, ostra e peixe. No reality, ele adaptou para uma versão com tilápia e alguns outros ingredientes, como azeitonas, alcaparras, pepino e tomate. “Optei por esse prato pelo sabor e agilidade com que é possível fazer o preparo”, conta Ademar.
Estrogonofe de frango – Gerson Proença de Oliveira
Gerson Proença de Oliveira tem 24 anos, nasceu em Bituruna, no Paraná, trabalhou na área de gastronomia por mais de sete anos e atualmente está no ramo metalúrgico. Para ele, a culinária ainda é um hobby, através do canal no Youtube “Jovem Chef”, onde publica vídeos de receitas em um tutorial simples e didático para cozinheiros iniciantes.
No Instagram @gersongastronomia1ele também publica receitas do dia a dia e compartilha com os seguidores curiosidades a respeito de pratos. “Escolhi o estrogonofe de frango pois para mim é um prato emblemático, apesar de ser uma receita simples é muito saborosa para todos os tipos de mesa. Fiz muito para os clientes quando trabalhei em restaurante”, recorda o chef.
Feijão Tropeiro – Geraldo Magela Gomes de Oliveira
O feijão tropeiro ganhou popularidade nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás e hoje é considerada comida típica em muitas cidades dessa região. É com o objetivo de trazer os sabores típicos de sua terra para Jaraguá do Sul que o mineiro Geraldo Magela optou pela preparação deste prato.
Ele é natural de Caetanópolis, em Minas Gerais, terra de cantoras talentosas como Clara Nunes e Roberta Campos, e também onde iniciou a trajetória de Geraldo na área de gastronomia. Tudo começou depois que ele conseguiu superar o vício na bebida e viu na gastronomia um meio de recomeçar. “A cozinha é minha paixão, é onde encontro paz”,explica.
Ele conta que recebeu um convite para vir atuar no sul do país e prontamente aceitou, pois sempre teve vontade de conhecer Santa Catarina, um estado rico na área culinária. “Sempre quis mostrar meu talento e agora surgiu a oportunidade, por isso me inscrevi rapidamente e vou preparar um dos pratos mais degustados de Minas Gerais, o feijão tropeiro.
Piorogue – Rhuan Zgoda
Rhuan tem 35 anos, é natural de Cuiabá, morou 25 anos em Curitiba e está há oito em Jaraguá do Sul. Aqui, atua como Planner de Inteligência de Mercado na empresa Malwee, onde trabalha a seis anos e se diz apaixonado pelo que faz.
Outro amor de Rhuan é a culinária. “A minha jornada na cozinha vem desde cedo, meu pai sempre me ensinou que as responsabilidades do lar devem ser compartilhadas entre o casal, e isso inclui as refeições e a cozinha. Meu pai por diversas vezes sempre estava à frente do fogão e tomei isso como exemplo”, relembra.
Para ele, a cozinha é um lugar de prazer, alegria e amor. “Sempre considerei que cozinhar para uma pessoa é um ato de amor, pois toda sua energia e dedicação está ali para gerar sustento a vida de outra pessoa. Sempre quando cozinha passo o meu amor para a comida e isso reflete no produto final”, explica.
O prato escolhido pelo cozinheiro é o Pierogue, um prato que tem as origens no centro-leste europeu, originando em países como Ucrânia e Polônia, apesar de muitos outros terem as suas versões. Ele consiste em uma massa de farinha, recheada com batata ou ricota, servido com o molho de sua preferência. Na versão de Rhuan, o recheio é de batata, ricota e alho poró refogado na cebola e servido com nata.
Ele conta que esse foi o primeiro prato que aprendeu a fazer na infância, ensinado pela avó Stefânia Terschowski Zgoda. “Lembro como se fosse ontem de eu subindo na bancada de uma casa que morávamos no mesmo terreno que o dela, tendo que usar uma banqueta para alcançar a bancada e ajudar ela a fazer a massa, a fechar os pierogues”, diz.
A textura da massa sempre o atraiu muito no preparo, toda a dedicação para sovar e deixar ela lisa. A receita foi passada pela avó para o pai de Rhuan, que passou-a para o filho. “Minha avózinha não está mais entre nós, mas através desse prato eu mantenho viva a memória dela e todo o carinho que ela tinha por mim”, finaliza.
Curiosidade!
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