Desde 1945, quando os Estados Unidos realizaram o teste nuclear Trinity, as potências militares vêm fazendo diversos testes para verificar a eficácia e o alcance de suas bombas atômicas.
Mas, considerando o perigo dessas armas, como esses testes são feitos? Ao longo dos anos, diversos procedimentos foram adotados, mas muitos acabaram proibidos em razão dos riscos envolvidos.
Testes subterrâneos
No dias de hoje, as principais potências militares realizam testes subterrâneos para comprovar a eficácia de suas bombas nucleares. Isso porque, considerando as alternativas, o método é aquele que envolve menos riscos.
Eles são realizados em cavidades profundas ou em túneis em áreas isoladas, minimizando a liberação de radiação para o ambiente. Esses testes produzem um fenômeno conhecido como “abalo sísmico”, semelhante a um pequeno terremoto, que pode ser detectado por redes de monitoramento global.
Procedimento de testes subterrâneos
Os testes subterrâneos, geralmente, envolvem os seguintes passos:
- Preparação: Escolha de um local adequado, geralmente uma área remota. A bomba é colocada dentro de uma cavidade profunda, escavada especialmente para o teste.
- Detonação: A arma nuclear é detonada remotamente. Os dados são coletados por instrumentos que medem a pressão, o calor, a radiação e outros efeitos.
- Análise de Dados: Os dados coletados são analisados para avaliar o rendimento da explosão e outros parâmetros técnicos.
Outros tipos de testes nucleares
Testes Atmosféricos: Esses testes envolvem a detonação de armas nucleares na atmosfera. Foram comuns até o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares de 1963, que proibiu testes nucleares na atmosfera, no espaço exterior e debaixo d’água.
Testes Subaquáticos: Realizados debaixo d’água, geralmente em lagos ou áreas oceânicas isoladas. São raros e também foram proibidos pelo tratado de 1963 devido ao amplo espalhamento de resíduos radioativos que podem afetar significativamente a vida marinha e o meio ambiente.
Testes no Espaço: Testes de armas nucleares no espaço foram conduzidos durante a Guerra Fria, mas são proibidos desde 1963. Essa proibição foi reforçada pelo Tratado do Espaço Exterior de 1967.
A realização de testes nucleares é uma questão altamente polêmica e regulamentada internacionalmente devido ao seu potencial para causar danos ambientais significativos e suas implicações para a proliferação de armas nucleares.
Atualmente, nove países têm armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte. Mas essa lista também pode incluir o Irã.