O consumo de carne estragada representa um grave risco à saúde, podendo causar doenças como E.coli e Salmonella, que levam a sintomas como vômitos, diarreia, náuseas, cólicas abdominais e febre. Em casos mais graves, essas infecções podem evoluir para distúrbios neurológicos, infecção generalizada e até morte, alerta o Ministério da Saúde.
Essa preocupação ganhou força após a Operação Carne Podre, que revelou a venda de 800 toneladas de carne estragada no Brasil.
Os lotes, submersos em enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, foram adquiridos pela empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios, no Rio de Janeiro, sob a alegação de serem destinados à fabricação de ração animal.
No entanto, o carregamento foi maquiado para revenda como carne própria para consumo. Quatro pessoas, incluindo o dono da empresa, foram presas nesta quarta-feira (22) durante uma ação conjunta das Delegacias do Consumidor do RJ e RS.
6 Dicas para identificar carne estragada
Para evitar riscos, é importante saber identificar carnes impróprias para consumo. Confira seis passos para garantir sua segurança:
- Verifique a validade: não compre carnes fora do prazo de validade, mesmo que estejam em promoção;
- Cheque a cor: carne bovina fresca tem tom vermelho púrpura, enquanto carnes de aves variam do branco ao amarelo, com aparência brilhante e firme;
- Observe a embalagem: evite produtos com embalagens estufadas, rasgadas, amassadas ou enferrujadas;
- Avalie o cheiro: odor forte ou incomum é um sinal claro de deterioração;
- Teste a textura: superfícies viscosas ou pegajosas indicam que a carne já está se deteriorando. Manchas pretas ou verdes são sinais de contaminação;
- Examine a gordura: gordura saudável é branca e firme; texturas gelatinosas apontam problemas.
Na hora da compra, verifique se a embalagem contém o selo de garantia do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura. Essa medida mostra que o produto é confiável e de procedência.
Cuidados no armazenamento e preparo
Para garantir a segurança, siga as orientações corretas de manuseio:
- Carnes devem ser armazenadas em geladeira apenas se forem consumidas no mesmo dia. Caso contrário, congele a uma temperatura de -18°C;
- Nunca recongele carnes que já foram descongeladas;
- Evite deixar carnes em temperatura ambiente, pois bactérias proliferam entre 15°C e 70°C;
- Cozinhe carnes completamente, garantindo que a temperatura interna supere os 70°C;
Além disso, mantenha o ambiente e utensílios limpos, higienize as mãos antes do preparo e guarde sobras em recipientes fechados e refrigerados, reaquecendo antes de consumir.
Com esses cuidados, você protege sua saúde e evita os riscos associados ao consumo de carnes impróprias.