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Como identificar os sintomas da dengue: guia completo

Foto: Pixabay

Por: Milena Natali

26/03/2024 - 18:03 - Atualizada em: 26/03/2024 - 23:55

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos de dengue em 2024, o que vem gerando bastante preocupação nas autoridades sanitárias.

Com o altíssimo número de casos, o país chegou a seu recorde na série histórica, realizada desde 2000. Por isso, é importante estar alerta aos sintomas, à prevenção e ao tratamento da doença.


Sintomas

  • Febre (39°C a 40°C) de início repentino;
  • dor de cabeça,
  • prostração, fraqueza
  • dores musculares e/ou articulares e
  • dor atrás dos olhos.

De acordo com o Ministério da Saúde, qualquer pessoa que apresentar febre e pelo menos duas das outras manifestações deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.

No entanto, após o período febril também deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
  • vômitos persistentes;
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • letargia e/ou irritabilidade;
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
  • sangramento de mucosa; e
  • aumento progressivo do hematócrito.

É importante lembrar que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e idosos têm maiores riscos de desenvolver complicações.

 

Transmissão

O vírus da dengue pode ser transmitido principalmente por via vetorial, ou seja, pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas. Transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue são raros.

 

Diagnóstico

Não existe necessidade da realização de exames específicos para o tratamento da doença, já que é baseado nas manifestações clínicas apresentadas. No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico existem disponíveis técnicas laboratoriais para identificação do vírus (até o 5° dia de início da doença) e pesquisa de anticorpos (a partir do 6° dia de início da doença).

 

Prevenção

Em 21 de dezembro de 2023, a vacina contra a dengue foi incorporada no SUS (Sistema Único de Saúde). A inclusão da vacina da dengue é uma importante ferramenta para que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível.

Embora exista a vacina, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

  • Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vedação dos reservatórios e caixas de água;
  • Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
  • Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.

Repelentes

Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa.

Conforme a própria Anvisa, o uso de produtos repelentes de insetos que contenham o ingrediente DEET não é permitido em crianças menores de 2 anos. Já em crianças de 2 a 12 anos de idade, o uso de DEET é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas três aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado.

Também é importante observar que produtos repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo, conforme a norma vigente sobre cosméticos, a RDC 19/2013. O produto só deve ser aplicado nas roupas se houver indicação expressa na arte da rotulagem.

Tratamentos

O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequados. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

 

*Com informações do Ministério da Saúde

 

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Milena Natali

Redatora de entretenimento e cotidiano.