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Com R$ 350 milhões por ano, SC mantém maior programa estadual de apoio à Educação Especial no país

Foto: Thiago Kaue / SECOM

Por: Pedro Leal

09/07/2025 - 21:07 - Atualizada em: 09/07/2025 - 21:09

Santa Catarina é referência no Brasil quando se fala em Educação Especial. Em todo o estado são mais de 240 instituições especializadas, entre Apaes, AMAs, associações de surdos, de síndrome de down, de pessoas com deficiência visual, entre outras, que atendem cerca de 30 mil educandos, com o suporte da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Para garantir o funcionamento e atendimento destas instituições, o Governo do Estado repassa por ano cerca de R$ 350 milhões, pelo Programa Gente Especial.

Lançado em março de 2024, Gente Especial tem duração de cinco anos, com repasse total de mais de R$ 1,5 bilhão para as instituições. Neste ano de 2025, estão credenciadas no programa 241 instituições especializadas, que atendem cerca de 29 mil educandos em todo o estado, com valor total dos repasses para o período de 12 meses de R$ 343,6 milhões, com incremento nominal de 5,38% em relação ao ano de 2024, índice acima da inflação para o período, que foi de 4,77% (INPC-2024).

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“Nenhum estado do Brasil investe como Santa Catarina, enquanto em outros estados estão fechando as instituições, sob orientação do governador Jorginho Mello estamos fortalecendo o investimento e garantindo a qualidade desse serviço em Santa Catarina”, destaca a presidente da FCEE, Jeane Rauh Probst Leite, lembrando que o programa Gente Especial foi lançado pelo governador em março de 2024, “formalizando pela primeira vez, por meio de um decreto (nº 530, de 27 de março de 2024), os repasses para as instituições especializadas em educação especial de Santa Catarina”.

Os repasses financeiros para as instituições conveniadas pelo Gente Especial são calculados pelo número de educandos em cada instituição, com pagamentos definidos conforme tabela de valores publicada no site da FCEE. Os educandos incluídos são atendidos nos programas educacionais de acordo com diretrizes técnicas definidas pela FCEE. Além dos repasses financeiros, as instituições também recebem apoio por meio da cedência de professores efetivos e ACT’s, capacitações e assessorias técnicas e pedagógicas.

A política de Educação Especial de Santa Catarina, definida pela FCEE, considera público da educação especial pessoas com atraso global do desenvolvimento, deficiências (visual, auditiva, intelectual, física e múltipla), transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação. Braço do Governo do Estado na área, a FCEE é a única instituição pública estadual do país responsável pela definição e coordenação de políticas de educação especial.

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Com 470 educandos e mais de 100 funcionários, a Apae de Palhoça de destaca como uma das principais instituições de educação especial do estado, oferecendo atendimentos nos principais programas previstos nas diretrizes da FCEE, como estimulação precoce, Serviço Pedagógico Específico, Serviço de Atendimento Específico, Serviço de Vivências Laborais e Serviço de Convivência.

“Nossa parceria com a FCEE existe há muitos anos e é essencial para que a gente consiga manter nossos serviços e oferecer um atendimento de excelência e qualidade para nossos educandos”, afirma a diretora financeira da instituição, Evelin Fiorentin, que explica que com os recursos do Governo do Estado a Apae consegue manter a folha de pagamento dos professores e outros profissionais, a manutenção da frota de transporte e os custos com material de consumo.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).