De acordo com uma pesquisa realizada por cientista britânicos e suíços, o mundo já deu muitas voltas até chegar nessa situação de crise climática que estamos, e pode seguir girando até uma situação parecida ao passado do planeta: a formação de um supercontinente.
No entanto, essa perspectiva, prevista para daqui a 250 milhões de anos, pode ter implicações cruciais para a vida na Terra, especialmente para os mamíferos, conforme alerta o estudo intitulado “Impacto das Mudanças Climáticas na Extinção de Mamíferos Terrestres Durante a Próxima Formação de Supercontinente”. Esse estudo foi realizado por uma equipe de pesquisadores do Reino Unido, Suíça e Estados Unidos e foi publicado recentemente na seção de geociência da revista científica Nature.
A reunião dos continentes da Terra, que voltariam a se fundir em uma nova versão da Pangeia, é o resultado das projeções feitas por modelos climáticos do serviço meteorológico britânico, processados em um supercomputador da Universidade de Bristol, na Inglaterra.
Nesse futuro distante, conhecido como “Pangea Ultima”, espera-se um aumento significativo na temperatura média da Terra, com uma elevação de 30°C em relação aos níveis atuais em áreas continentais. Além disso, prevê-se um aumento substancial da umidade nas regiões litorâneas, enquanto o interior do supercontinente passaria por processos de desertificação, de acordo com informações divulgadas pelo jornal The Guardian.
Esse calor extremo seria comparável ao período Permiano-Triássico, que ocorreu há 260 milhões de anos, quando mais de 90% das espécies da Terra foram extintas. A persistência de longos períodos de temperaturas superiores a 40°C excederia a capacidade de adaptação de muitas formas de vida, incluindo plantas e mamíferos. Além disso, o sol, mais envelhecido, emitiria uma quantidade ainda maior de radiação, agravando os desafios enfrentados pela vida na Terra.
