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Chegou gás de cozinha em Joinville, mas já acabou

Está difícil encontrar botijões de gás cheios para a venda | Foto Arquivo/Divulgação

Por: Windson Prado

30/05/2018 - 13:05

Não deu tempo nem de ouvir aquela tradicional musiquinha do caminhão de gás. Depois de ficar mais de uma semana sem gás de cozinha, devido à manifestação nacional dos caminhoneiros que castiga o país, Joinville voltou a receber alguns botijões cheios nessa quarta-feira (30).

Foram poucos botijões, e apenas algumas revendas atendidas. A correria pelo produto foi intensa. Por volta das 11 horas, já não havia mais botijões cheios disponíveis. A expectativa das revendas é que uma nova carga chegue à cidade nesta quinta.

“Nós, da transportadora Oliveira, não recebemos gás hoje. Os caminhões, escoltados, foram nesta quarta-feira a Araucária, no Paraná, para carregar botijões cheios, e trazê-los a Joinville. Amanhã deve haver uma distribuição mais significativa”, disse o funcionário da distribuidora, Aparecido Theodoro Pereira, 42 anos. O preço médio da revenda na cidade é de R$ 67.

No início da manhã, a reportagem do OCP Joinville flagrou pelo menos dois caminhões carregados de gás parados em uma concentração de caminhoneiros, em um posto de Pirabeiraba, zona Norte de Joinville.

Enquanto muitos caminhoneiros querem sair das mobilizações, mas temem represaria do movimento, quem sofre é a população. Na casa da controle de qualidade Noélia Samamiego, 30, desde o fim de semana o fogão está apagado porque o gás acabou. “Todos os dias estamos ligando para mais de dez revendas e não conseguimos achar botijões cheios. Tenho três filhos pequenos que precisam se alimentar. Sem gás fica muito difícil, o jeito tem sido usar o forno e panela elétrica, mas está bastante complicado”, comenta.

Ela até é a favor do movimento dos caminhoneiros, mas questiona os rumos da mobilização. “Sou solidária, apoio os caminhoneiros, mas eles já foram atendidos. Agora está na hora deles serem solidários à população que está sofrendo muito com os reflexos das greves. É preciso ter a consciência dos danos que a paralisação está causando. A população é parceira dos caminhoneiros, mas não pode amargar os prejuízos e ficar desabastecida”, finaliza.

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Windson Prado

Repórter e editor das notícias de Joinville.