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Cavaleiros Templários: quem foram os temidos guerreiros cristãos?

Os Cavaleiros Templários foram guerreiros temidos pelos inimigos

Foto: useche360/Pixabay

Por: OCP News Joinville

24/09/2024 - 11:09 - Atualizada em: 24/09/2024 - 11:19

A Ordem dos Cavaleiros Templários, oficialmente chamada de Pauperes commilitones Christi Templique Salomonici (Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão), foi fundada em 1119, após a Primeira Cruzada, por um pequeno grupo de cavaleiros franceses liderados por Hugues de Payens.

O objetivo inicial da ordem era proteger os peregrinos cristãos que viajavam para Jerusalém, especialmente após a conquista da cidade pelos cruzados em 1099. O nome da ordem está associado ao Templo de Salomão, onde sua primeira sede foi estabelecida no Monte do Templo, em Jerusalém.

 

 

A Origem e a Missão dos Templários

Nos primeiros anos de sua existência, os Templários eram uma pequena fraternidade de guerreiros religiosos, que combinavam os ideais da cavalaria medieval com os votos monásticos de pobreza, castidade e obediência.

Inicialmente, os Templários não eram amplamente conhecidos, mas sua influência começou a crescer rapidamente após o apoio de figuras influentes, como Bernardo de Claraval, que escreveu um tratado louvando suas virtudes e missões.

Em 1129, durante o Concílio de Troyes, a Ordem foi oficialmente reconhecida pela Igreja Católica, o que marcou o início de sua ascensão meteórica. A partir de então, os Templários começaram a receber doações de terras, dinheiro e propriedades em toda a Europa, e a ordem se expandiu rapidamente, adquirindo uma vasta rede de castelos, fortalezas e bases.

Bernardo de Claravall louvou as virtudes e missões dos Templários

Bernardo de Claravall louvou as virtudes e missões dos Templários | Foto: Domínio Público

 

O Papel nas Cruzadas

Os Cavaleiros Templários desempenharam um papel crucial nas Cruzadas, atuando tanto como uma força militar de elite quanto como defensores dos territórios cristãos no Oriente Médio.

Eles eram conhecidos pela disciplina em combate e pela coragem em batalhas. As suas insígnias eram facilmente reconhecíveis: a túnica branca com uma cruz vermelha, simbolizando o martírio e a devoção a Cristo.

Além de seus feitos militares, a ordem também inovou na área financeira. Criaram um sistema de “cheques” rudimentar, permitindo que os peregrinos depositassem bens em uma casa templária na Europa e retirassem o equivalente na Terra Santa, oferecendo segurança para aqueles que temiam ser roubados durante a jornada.

 

Por que os Cavaleiros Templários eram temidos?

Os Cavaleiros Templários eram temidos por seus inimigos, não apenas por sua habilidade militar, mas também por sua dedicação inabalável e fé religiosa. Como monges guerreiros, lutavam com a convicção de que a morte em batalha os levaria diretamente ao paraíso, o que os tornava adversários implacáveis e destemidos.

Sua organização altamente disciplinada e hierárquica, combinada com vastos recursos financeiros, permitiu que a ordem desenvolvesse uma das forças militares mais eficazes da época. Com treinamento intensivo e uma estratégia de combate agressiva, os Templários frequentemente estavam na linha de frente das batalhas, e sua fama se espalhou tanto entre os cristãos quanto entre os muçulmanos.

As fortalezas templárias também eram um símbolo de seu poder. Espalhadas por toda a Terra Santa e em territórios estratégicos da Europa, essas construções eram praticamente inexpugnáveis, o que aumentava ainda mais o respeito e o medo que inspiravam.

Castelo de Tomar, construído pelos templários, em Portugal | Foto: Jaimrsilva/Wikimedia Commons

 

O Declínio e a Extinção da Ordem

O sucesso dos Templários, no entanto, também foi a causa de sua queda. Após a perda da Terra Santa para os muçulmanos no final do século XIII, a utilidade militar da ordem diminuiu, e suas vastas riquezas começaram a atrair a inveja e o ressentimento de muitos.

Em 1307, o rei da França Filipe IV, O Belo, endividado com os Templários, decidiu agir contra eles. Acusados de heresia, idolatria e outros crimes, muitos cavaleiros foram presos, torturados e executados. Em 1312, sob pressão de Filipe IV, o Papa Clemente V dissolveu oficialmente a ordem.

Mesmo com o fim trágico, os Templários continuaram a fascinar gerações posteriores. Histórias sobre sua suposta riqueza escondida, poder oculto e influência secreta sobreviveram através dos séculos, inspirando inúmeras lendas e teorias da conspiração.

 

Grandes batalhas dos Cavaleiros Templários

 

Cerco de Ascalon (1153)

Esta foi uma das batalhas mais significativas em que os Cavaleiros Templários participaram, culminando na captura de Ascalon, uma fortaleza estratégica no litoral do atual Israel, defendida pelos fatímidas. A vitória permitiu aos cruzados garantir uma importante base de operações na Terra Santa.

 

Batalha de Monte Gisardo (1177)

Nessa batalha, os Templários lutaram ao lado de Balduíno IV, o rei leproso de Jerusalém, contra as forças do sultão Saladino. Mesmo em menor número, os cruzados e os Templários conseguiram infligir uma derrota esmagadora ao exército muçulmano. A vitória foi atribuída tanto à liderança do rei quanto ao valor dos Templários no campo de batalha.

Cerco de Acre (1189–1191)

Acre era uma das principais fortalezas dos cruzados na Terra Santa. Após a derrota em Hattin, Acre caiu nas mãos de Saladino. Em 1189, iniciou-se um cerco liderado pelos cruzados para retomar a cidade. Os Templários tiveram um papel fundamental nesse esforço militar, defendendo posições estratégicas e combatendo bravamente ao lado de outros exércitos cristãos. Após dois anos, Acre foi recapturada, em grande parte graças ao apoio de reforços europeus, incluindo o rei Ricardo Coração de Leão.

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