Com o objetivo de registrar a percepção pública sobre a infraestrutura de esgoto para o Sul da Ilha, equipes contratadas pela Casan foram a campo nos bairros Centro, José Mendes, Saco dos Limões, Costeira do Pirajubaé, Sertão da Costeira e Valerim.
Em 11 pontos, ao longo de 10km, comunidades tradicionais de pescadoras e moradores dos bairros foram ouvidos sobre alternativas de retorno do efluente tratado da ETE Rio Tavares ao ambiente. Mais de 350 entrevistas presenciais já foram realizadas.
O trabalho de campo executado por geógrafos, antropólogos, assistentes sociais e biólogos complementa levantamento online que prossegue até o dia 30 de agosto. Moradores de toda Florianópolis podem participar, clicando neste link

Foto: Divulgação/Casan
A pesquisa indica 10 alternativas para o retorno do efluente tratado à natureza, uma das principais questões que gera entrave para finalização e operação da ETE Rio Tavares. Entre as possibilidades estão a Baía Sul, o Rio Tavares, canais de drenagem do Saco dos Limões e Costeira do Pirajubaé, além de disposição no solo e reuso.
“Os pescadores foram bem receptivos com os pesquisadores, principalmente pela neutralidade e entendimento de que estamos em processo de escuta das comunidades tradicionais. A maior reclamação ainda é a falta de rede de esgoto na região”, informa a pesquisadora Cibele Machado Carvalho, que participou das entrevistas.
O trabalho em execução pela Casan prevê também a caracterização das áreas influenciadas pela ETE Rio Tavares quanto às condições sociais, principais atividades econômicas, serviços de infraestrutura, equipamentos urbanos, sistema viário e de transportes. Está ainda sendo realizado aerolevantamento com sobrevoos na região, para mapear a geografia da região. Levantamentos sobre a vegetação (plantas nativas, ameaçadas ou protegidas) e sobre a fauna local estão previstos. Os resultados serão apresentados em reunião aberta à comunidade.