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Brasil tem mais de 43 mil pessoas à espera por um transplante

Foto: Northwestern Medicine

Por: Pedro Leal

13/07/2024 - 11:07 - Atualizada em: 13/07/2024 - 11:28

Atualmente 43,7 mil brasileiros estão à espera de um doador de órgãos, e apesar do país ser o quarto do mundo em número absoluto de transplantes, o número de procedimentos pena em atender a fila.

Desde o começo do ano, foram 4,7 mil transplantes, pouco mais de um décimo da fila de espera, que segue crescente.

As informações são do portal G1.

A maior demanda é pelo transplante de rim: são 40.446 pessoas. Em seguida vem o fígado, com 2.297 e o coração, com 404.

A fila de espera é gerida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é única — incluindo pacientes da rede pública e privada. A ordem é cronológica, mas também leva em conta o estado de saúde do paciente.

No último ano, o país bateu recorde no número de pessoas doadoras de órgãos. No entanto, de cada 14 pessoas aptas a doar, apenas duas se tornaram doadoras de fato.

No Brasil, ainda que a pessoa se declare doadora, o que pode ser feito no RG ou por um certificado online, é a família que tem a palavra final.

Quem pode doar?

Apenas pessoas que tiveram morte cerebral (encefálica) podem doar órgãos sólidos. Já a córnea pode ser doada por qualquer pessoa, independentemente de como foi a morte. Nesse caso, o coração não precisa estar batendo. Para doar a medula, por outro lado, o doador precisa estar vivo.

A pessoa também pode ser doadora após a morte mesmo que tenha tido doenças como diabetes, hipertensão, doença de Chagas e hepatites B e C. Nesses casos, a saúde do órgão é avaliada antes de a doação ser feita (como acontece quando o paciente falecido não tinha essas doenças).

Quais órgãos podem ser doados?

  • Coração
  • Fígado (pode ser doado em vida)
  • Intestino
  • Pâncreas
  • Pulmão
  • Rim (pode ser doado em vida)
  • Córnea (tecido)
  • Multivisceral (estômago, intestino e outros órgãos são retirados em um único bloco)
  • Medula* (*só pode ser doada em vida; procedimento é de baixo risco)

Cada órgão tem um tempo máximo diferente para ser retirado e doado a um receptor: esse tempo é chamado de tempo de isquemia fria. Para coração e pulmão, por exemplo, o prazo é de 6 a 8 horas. Para o fígado, de até 12 horas. Para o rim, 24 horas.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).