Mesmo com orçamento reduzido, pelo menos três blocos devem colocar seus integrantes na avenida no próximo dia 6 de fevereiro para manter viva a cultura do Carnaval em Jaraguá do Sul. O local do evento ainda não definido.
Em 2015, a festa custou R$ 120 mil. Desse valor, R$ 74 mil foram para os três primeiros colocados e outros R$ 12 mil divididos para os inscritos com melhor desempenho em diferentes estandartes. O restante foi investido na estrutura e na divulgação do evento. Agora, haverá apenas orçamento para a premiação, que foi reduzido em mais de 66%. Serão R$ 15 mil para o primeiro lugar, R$ 10 mil para o segundo e R$ 5 mil ao terceiro colocado, totalizando R$ 30 mil.
Os blocos mais tradicionais da cidade, Em Cima da Hora e Verde e Rosa, confirmaram a participação. Os Unidos do Manequinha terão reunião na próxima segunda-feira (11) para decretar se irão integrar o desfile. Segundo o presidente Vanderlei Rosa, a escola deve enfrentar o desafio. “Vamos pelo amor ao Carnaval. Se a gente parar, tudo que fizemos vai por água abaixo. Mas o principal nos próximos anos é refazer a Liga com os blocos para buscar recursos através de leis de incentivo”, pontuou.
Para a presidente do Em Cima da Hora, a grande campeã da folia jaraguaense, Iracema Pinheiro, o corte nas verbas vai dificultar a aquisição de materiais. Os integrantes se organizaram com contribuições entre R$ 50 e R$ 100 para manter o bloco na avenida. Criatividade e reutilização serão palavras de ordem para montar o desfile que terá como tema as Olimpíadas.
“Você não faz um desfile inteiro com R$ 10 mil, valor que só ganha quem for o primeiro colocado. Nós conseguimos continuar porque temos material comprado ao longo dos anos. Mas vamos de qualquer maneira para que as pessoas continuem saindo para ver a festa”, disse.
Com a incerteza sobre a aprovação dos recursos, a Verde e Rosa ainda não havia definido o enredo que será narrado pelo samba e representado pelas fantasias.
Na próxima semana deve começar a produção dos adereços baseada nos itens que o bloco tem à disposição. “Não tem como gastarvamos ter que trabalhar com o que tem para não deixar o Carnaval passar em branco”, disse a presidente Janete Rosa.
Falta de dinheiro faz bloco não participar
O Império da Fenix não participou do desfile do ano passado e não deve retornar em 2016. “Pela falta de estrutura financeira não vamos colocar o bloco, pensamos em voltar em 2017, se tiver mais apoio, ou a gente acaba tirando do bolso para fazer um bom Carnaval”, comentou o vice-presidente Tiago Martins Vieira. A diretoria do Despertar do Amanhã não foi encontrada pela reportagem para confirmar a participação.
Os eventos que acompanhavam a programação, como a escolha de Rei Momo e Rainha e o baile, serão deixados de lado. “Vamos dar valor ao trabalho dos blocos, até porque as famílias saem de casa para assistir ao desfile”, disse o presidente da Fundação Cultural, Marcelo Prochnow. No dia 11, uma reunião deve definir detalhes do evento.