O ataque a uma escola em Cambé, no Paraná, que resultou na morte de uma menina nesta segunda-feira (19), relembra aos blumenauenses o trágico dia 5 de abril, quando um homem armado com uma machadinha invadiu uma creche da cidade e matou quatro crianças.
75 dias depois do crime, a dor da perda ainda se mistura com a revolta da população. Mas o que foi realizado na cidade desde então para evitar novos ataques às escolas? E o que aconteceu com o assassino das quatro crianças?
Denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por cinco tentativas e quatro homicídios contra crianças, o autor do ataque foi preso no mesmo dia do crime após se entregar no 10º Batalhão de Polícia Militar.
Ele chegou a ficar detido na Penitenciária Industrial de Blumenau, mas foi transferido para a Unidade de Segurança Máxima de São Cristóvão do Sul, no Meio-Oeste de Santa Catarina, onde permanece preso enquanto aguarda julgamento, que ainda não tem data marcada para ser realizado.
A Secretaria de Administração Prisional (SAP) de Santa Catarina disse que a transferência foi realizada por “questões estratégicas de segurança” e que seguiu orientações sobre o gerenciamento de vagas nos presídios.
Medidas de segurança
Enquanto isso, a Prefeitura de Blumenau anunciou diversas medidas para evitar possíveis novos ataques nas creches e escolas da cidade. Entre elas estão a contratação de seguranças e a instalação de câmeras nas 128 instituições de ensino do município, que poderão ser monitoradas em tempo real pela Polícia Militar.
Além disso, manutenções e obras de melhorias – como a construção de muros e cercas – são realizadas para corrigir possíveis vulnerabilidades nas estruturas físicas das unidades.
Outra medida tomada pela Prefeitura foi a criação de um plano de contingência para a situação de ataques nas escolas, elaborado pela Defesa Civil juntamente com os órgãos de proteção.
Já o Governo do Estado prometeu investir R$ 70 milhões para garantir a segurança nas escolas estaduais. Entre as medidas anunciadas pela equipe de Jorginho Melo estão a contratação de seguranças armados; rondas em frente às escolas; treinamento de professores para reação rápida e segura em caso de violência; a criação de um Cômite de Segurança nas Escolas; e a estruturação de um centro integrado de operações policiais.