Aquecimento global pode elevar temperatura da Terra em 2,6ºC até 2100, alerta ONU

Foto: Matias Piñeiro Gargiulo/Getty Images

Por: OCP News Criciúma

08/09/2023 - 19:09 - Atualizada em: 12/09/2023 - 13:14

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC) lançou seu primeiro relatório, nesta sexta-feira (8), que destaca um cenário alarmante para o aumento da temperatura global. Segundo o documento, a Terra pode enfrentar um aumento de temperatura de 2,6ºC até o ano de 2100, caso ações mais eficazes não sejam implementadas para conter o colapso climático.

Embora haja progressos na implementação de compromissos visando limitar o aquecimento global, o relatório adverte que a comunidade global ainda não está no caminho certo para cumprir os objetivos de longo prazo do Acordo de Paris, assinado em 2015.

O relatório do painel de cientistas da ONU traz as seguintes descobertas:

  1. O Acordo de Paris trouxe avanços relevantes, mas a comunidade global ainda não está no caminho certo para cumprir os objetivos de longo prazo do acordo.
  2. As ações em andamento não são suficientes para manter os níveis de temperatura abaixo do aumento de 1,5°C a 2,0°C, patamar mínimo para evitar impactos ambientais e sociais graves decorrentes das mudanças climáticas.
  3. Houve avanços significativos na redução da expectativa de aumento de temperatura ao longo das três décadas de colaboração global para combater as mudanças climáticas. Em 2010, a projeção era de um aumento de até 4,8°C, mas em 2015, com a adoção do Acordo de Paris e dos compromissos assumidos pelos países, a expectativa reduziu para 3,2°C.
  4. O relatório aponta que o aumento esperado de temperatura pode ser reduzido para 2,1°C, no máximo, caso todos os compromissos assumidos na COP27, conferência da ONU no Egito no ano passado, sejam totalmente implementados.

Enquanto essas preocupações com o aquecimento global são destacadas, a cúpula do G20, que acontece na Índia, aborda questões de governança global e sustentabilidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa o Brasil no evento, que tem a presidência simbólica do país até novembro de 2024.

Na cúpula do G20, Lula discutirá temas como inclusão social, desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global. O Brasil presidirá o G20 e sediará a cúpula de chefes de Estado e de governo dos países do bloco no Rio de Janeiro.

O presidente também defenderá a adesão da União Africana ao G20 e uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, visando uma representação mais equitativa. Atualmente, apenas cinco países têm assentos permanentes no Conselho de Segurança, e Lula propõe a inclusão de nações como Brasil, Japão, Alemanha, Índia e África do Sul.

A agenda de Lula na Índia inclui reuniões com líderes de diversos países, sessões da cúpula do G20 e a discussão de temas cruciais para o futuro sustentável do planeta. A programação se estende ao longo do fim de semana e envolve compromissos variados, desde sessões de trabalho até encontros bilaterais e uma entrevista coletiva à imprensa.

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