Apenas 28% das estradas de Santa Catarina são consideradas boas ou ótimas, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2023. Na avaliação geral das estradas no território catarinense, 72% das rodovias são consideradas péssimas, ruins ou regulares.
A 26ª edição do estudo feito pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) em conjunto com o Sest Senat foi divulgada na nesta quarta-feira (29).
A pesquisa abrange um total de 3.515 quilômetros de rodovias de Santa Catarina, dos quais apenas 986 km foram considerados bons ou ótimos na avaliação geral.
A maior parte (1.360 km) foi classificada como regular. 887 km foram considerados ruins e 282 km como péssimos.
Pelo levantamento, a SC-283 é a que possui a maior extensão de quilômetros classificados na categoria “ruim”, foram 186 km no total.
A SC-350 aparece na sequência, com 131 km considerados ruins. Em terceiro lugar aparece a SC-480, com 129 km de extensão comprometidos
Do total de rodovias consideradas ruins, duas são federais e oito são estaduais.
Outras rodovias classificadas como ruim:
BR-158, teve 51 KM considerados ruins;
BR-163, teve 59 KM considerados ruins;
SC-112, com 16 KM ruins;
SC-157, com 95 KM ruins;
SC-161, com 16 KM ruins;
SC-305, teve 70 KM considerados ruins;
SC-390, com 31 KM avaliados como ruins.
Seis estradas tiveram classificação geral “boa” ou “ótima” – mas a classificação “ótima” foi restrita a apenas oito quilômetros. As rodovias classificadas como ótimas foram: a BR-376, com 6 quilômetros avaliados como ótimo e a BR-486, que teve 2 quilômetros considerados ótimos.
A BR-101, foi a que teve a maior extensão avaliada como bom, foram 485 km no total. Na sequência aparece a BR-116, com 311 km nessa condição, e a BR-480, com 37 km.
Pavimento nas rodovias em SC
59,7% da rodovias apresentam problemas de pavimentação e foram classificadas como regular, ruim ou péssima.
Pelo levantamento as condições do pavimento geram aumento no custo operacional do transporte em 37,1%. “Se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos”, destacou a CNT.
Quando o assunto foi sinalização, 69,8% foram consideradas como regular, ruim ou péssima.
Recuperação custaria quase R$ 4 bilhões
Segundo a CNT, seriam necessários R$ 3,7 bilhões para recuperar as rodovias em Santa Catarina, com ações emergenciais de restauração, reconstrução e manutenção.
O levantamento ainda estima que, em 2023, haverá um consumo desnecessário de R$ 37,7 milhões de litros de diesel, por conta da má qualidade do pavimento das estradas no Estado. O desperdício reflete um custo de R$ 248,15 milhões aos transportadores, conforme a pesquisa.
“A maior oneração aos transportadores reduz a rentabilidade das empresas, o que pode representar economicamente um desincentivo para a realização das atividades”, pontua o estudo, que acrescenta que “esse aumento de custos pode ainda ser repassado para o preço das cargas e da movimentação de passageiros, representando um maior custo – tanto para as empresas quanto par famílias.