Somente de janeiro a maio deste ano, já foram confirmadas 126 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. O maior número de óbitos é de idosos. A Secretaria de Estado da Saúde alerta que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a gripe, que circula em diferentes variantes a cada ano e pode levar a complicações graves. O aumento das internações e a baixa procura da vacina contra a gripe preocupa autoridades da Saúde.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Fábio Gaudenzi, já faz alguns anos, mais especificamente desde a pandemia de Covid-19, que o estado não registra altas coberturas vacinais contra a influenza nos grupos prioritários e que, neste ano, a cobertura nesses grupos é de cerca de 45%, quando o ideal seria acima de 90%. O superintendente destaca que “a vacina da gripe não erradica o vírus, como ocorre com outras doenças como sarampo e rubéola, mas protege os grupos mais vulneráveis”.
Dinheiro público jogado fora
Fábio Gaudenzi observa que a vacina contra a influenza é desenvolvida todos os anos e, com isso, tem validade de tempo limitada. “As doses que não são aplicadas naquele ano são descartadas ao final do período. Então, é dinheiro público, utilizado para compra dessas doses, jogado fora. Além disso, as pessoas que não se vacinam ficam mais expostas a complicações graves, internações e até à morte”, alerta.