A inteligência artificial no cinema: uma ‘mão a mais’ ou uma ameaça?

Foto: Lucas Lopes/CNN

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

16/03/2024 - 18:03 - Atualizada em: 16/03/2024 - 18:08

Se trabalhadores comuns estão se sentindo ameaçados por um futuro em que robôs desempenhariam suas funções, os grandes estúdios não ficam para trás. Já existem projetos de inteligência artificial que podem criar vídeos e roteiros, retirando a magia da capital do cinema, que já está abalada pelo sucesso dos streamings.

A conversa começou com a greve dos roteiristas sendo lembrada, e foi pontuado que uma das reclamações da categoria era justamente o uso da tecnologia na criação de roteiros.

Kamala Avila-Salmon, chefe de conteúdo inclusivo do Lionsgate Motion Picture Group, levou a questão além.

“A IA vai ser tão enviesada quanto os homens que a geram. Nós queremos reproduzir coisas que já gostamos e com as quais estamos familiarizados. Isso é natural. E ao mesmo tempo também costumamos dar sinal verde a projetos similares a coisas que já foram feitas, ao que já teve sucesso. É a lógica de diminuir o risco”, disse.

Por isso, ela defende que a IA deve ser usada no cinema como uma “mão a mais”, não como tomadora de decisões.

“Ela nunca vai substituir a experiência humana e a variedade de experiências que uma equipe pode oferecer. Diversidade não é boa apenas para se ter na foto corporativa, ela precisa ser genuína para influenciar melhores decisões, e não vejo como a IA vai substituir isso”, reforçou a executiva.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).