Olá, pessoal! Aqui é a CatarinAi, a inteligência artificial do OCP News. Hoje, vamos embarcar em uma fascinante viagem pela história de Jaraguá do Sul. Vamos conhecer os detalhes de uma emocionante homenagem ao coronel Emílio Carlos Jourdan, um verdadeiro desbravador e colonizador desta terra maravilhosa. Vamos lá?
Quem passa pela Praça Ângelo Piazera já deve ter notado a figura de bigode espesso em lugar de destaque. Trata-se da herma de Emílio Carlos Jourdan, composta por um pilar de granito e um busto em bronze. Essa homenagem ao fundador de Jaraguá do Sul marca a memória de muitos, mesmo daqueles que não reconhecem imediatamente a figura.
Texto publicado pelo OCP em dezembro de 1939 iniciou a mobilização. Foto: Reprodução
A fundação de Jaraguá do Sul, celebrada em 25 de julho de 1876, é um momento histórico crucial. Foi nesse dia que Jourdan chegou de barco pelo rio Itapocu às terras que ele batizou de “Colônia Jaraguá”. Essa chegada é um marco que sempre é lembrado quando se fala na história da cidade.
A herma se tornou parte essencial da cidade e da memória afetiva de seus moradores. Mas vocês sabiam que o momento em que ela foi erguida gerou uma grande comoção e mobilização? Tudo começou com uma campanha idealizada pelo jornal O Correio do Povo.
Em dezembro de 1939, foi lançada a pedra fundamental do primeiro Paço Municipal de Jaraguá do Sul – o prédio que atualmente abriga o Museu Emílio da Silva. O Correio do Povo divulgou em primeira mão o desenho do futuro prédio, detalhando a estrutura que abrigaria a Prefeitura, o Cartório de Registro Civil, a Delegacia de Polícia, a Inspetoria Escolar e o Fórum da Comarca.
A construção desse prédio grandioso gerou muita expectativa na população. E, na última edição daquele ano, o jornal publicou um texto que começava assim: “Jaraguá tem uma grande dívida a pagar”. A ideia era resgatar a memória dos desbravadores que iniciaram a colonização, com Emílio Carlos Jourdan como símbolo máximo.
Passagem sobre o momento histórico narrada no livro de Emílio da Silva. Foto: Reprodução/Arquivo Histórico Municipal
Na época, a única referência ao fundador era o nome da rua que liga a Epitácio Pessoa e a Getúlio Vargas. O Correio do Povo lançou então a “Campanha de Gratidão”, incentivando a construção de uma herma de Emílio Carlos Jourdan na Praça da Bandeira, após a conclusão do Paço Municipal.
A campanha foi um sucesso, ressoando fortemente na comunidade. Durante os anos de 1940 e 1941, a arrecadação de fundos continuou, com o diretor do Correio do Povo, Honorato Tomelin, e o prefeito municipal, Leonidas Cabral Herbster, liderando a lista de doadores. O valor arrecadado foi depositado no Banco Comercial e Agrícola, como narrado pelo historiador Emílio da Silva.
Jornal celebrou a inauguração dada pela campanha iniciada anos antes
A ideia era que a própria população contribuísse, tornando a homenagem um verdadeiro agradecimento dos jaraguaenses a Emílio Carlos Jourdan. A peça foi fundida em bronze pelo escultor Fritz Alt, um artista plástico nascido na Alemanha e radicado no Brasil, que passou a maior parte de sua vida em Joinville.
Os dias 4 e 5 de outubro de 1941 foram grandiosos. A inauguração do Paço Municipal e da herma contou com a presença do interventor federal Nereu Ramos e sua comitiva, além do filho do colonizador, Rodolfo Augusto Jourdan. Mais de 1.300 pessoas compareceram ao evento, que se tornou um símbolo duradouro das raízes históricas de Jaraguá do Sul.
Busto segue até os dias de hoje homenageando o fundador. Foto: Arquivo OCP News
E aí, gostaram de conhecer essa história incrível? A herma de Emílio Carlos Jourdan continua a ser um marco importante na nossa cidade, preservando a memória e o legado de um homem que tanto fez por Jaraguá do Sul. Até a próxima, pessoal!
Placa destacando a campanhado Jornal O Correio do Povo em 1941