A Quinta Geração da Telefonia Móvel (5G) é a mais nova tecnologia em Santa Catarina para o transporte de dados em redes de dispositivos móveis. O 5G é um novo padrão para dispositivos móveis que traz mudanças quantitativas e qualitativas na forma de utilizar esses aparelhos, permitindo novas funcionalidades e um incremento significativo do número e da velocidade das conexões.
Desde fevereiro de 2023, mais 21 municípios catarinenses têm autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para começar a transmitir o sinal da nova rede 5G puro da faixa 3.5GHz. Em Santa Catarina, 30 municípios contavam com o acesso antecipado ao 5G até a ocasião, aos quais se somam mais essas 21 cidades, totalizando 51. Já com planejamento aprovado para liberação são 123 municípios catarinenses e a serem planejadas ainda são 121 cidades do estado.
Lista de novas cidades beneficiadas em Santa Catarina:
- Jaraguá do Sul;
- Palhoça;
- Biguaçu;
- Tijucas;
- São João Batista;
- Garopaba;
- Santo Amaro da Imperatriz;
- Nova Trento;
- Governador Celso Ramos;
- Canelinha;
- Alfredo Wagner;
- Antônio Carlos;
- Paulo Lopes;
- Águas Mornas;
- São Pedro de Alcântara;
- Angelina;
- Major Gercino;
- Anitápolis;
- Leoberto Leal;
- Rancho Queimado;
- São Bonifácio.
De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, a tecnologia 5G é a quinta geração de internet móvel, que vem sendo desenvolvida desde os anos 2000 para ser a sucessora da rede 4G. A rede chega ao Brasil com maior alcance e velocidade, fator que promete uma grande revolução.
Enquanto a tecnologia 1G tinha velocidade de 2kbit /s e o 4G garantia tráfego de 1 Gbit /s, o 5G tem velocidade para baixar informações de até 100 1 Gbit/s. Enquanto a latência (diferença na resposta na transmissão de dados) era de 60-98 milissegundos no 4G, no 5G ela é reduzida para menos de 1 milissegundo. Já a capacidade de conectar dispositivos poderá abranger até um milhão de aparelhos por quilômetro quadrado.
Quais são as principais características do 5G?
O 5G representa um avanço significativo em relação aos padrões anteriores pois permite mais dispositivos conectados, o que está se tornando cada vez mais necessário por conta do crescimento da chamada Internet das Coisas (IoT), com o crescimento da comunicação máquina a máquina.
A IoT é a rede de objetos físicos incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e sistemas pela internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a ferramentas industriais sofisticadas.
Além disso, o 5G aumenta a velocidade de conexão, permitindo um consumo de serviços mais complexos com menos dificuldade, como a transferência de arquivos, comunicações em tempo real, consumo de vídeos e áudios em tempo real ou até mesmo jogos eletrônicos.
Essa tecnologia também diminui a resposta da conexão (latência), melhorando e contribuindo para que os dispositivos móveis tenham uma conexão que permita aplicações em tempo real ou que demandam trocas de informação de forma rápida.
O 5G também tem maior capacidade de banda, o que é essencial por conta do aumento de informações que são publicadas e circulam na internet, tanto na criação de mais conteúdos ou na melhoria da qualidade, como no áudio ou na definição de vídeo.
Lei das Antenas
Santa Catarina é o segundo estado brasileiro com o maior número de cidades que já realizaram a atualização da Lei de Antenas. De acordo com a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), 302 municípios brasileiros já promoveram mudanças na regulamentação para poder instalar a infraestrutura de tecnologias como a de 5G.
Dentre as 302 cidades, 63 são catarinenses. São Paulo, na primeira posição, soma 74 cidades com a legislação atualizada. A adaptação dos municípios na Lei de Antenas é um dos requisitos para que recebam a liberação e as operadoras possam iniciar a instalação da infraestrutura do 5G.
A permissão é concedida pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) da Anatel, aliadas a ações para a migração da recepção do sinal de TV por antenas parabólicas.
A ideia é promover a rápida inclusão do estado no uso do 5G como uma oportunidade para que se explore benefícios de maior velocidade de internet móvel, baixa latência e maior conectividade no uso da conexão e no desenvolvimento de novas soluções.