Por vias transversas, Monteiro Lobato, escritor – 1882/1948 – dizia que o brasileiro está sentado sobre um pote de ouro chorando misérias. O que ele queria dizer é que o Brasil é um país potencialmente rico, o mais rico do mundo, todavia… O povo vive chorando misérias, ainda que sentado sobre esse pote de ouro. Entro no assunto dizendo que em razão desse modo de ver, muitos de nós não nos damos conta de nossas riquezas, só nos lembramos do santo quando troveja. Acabei de ler uma piada interessante, a fazer-nos pensar… Aliás, as piadas sempre nos ensinam alguma coisa, o engraçado dissimula a mensagem reticente. A piada conta a história de uma avó que estava na praia com o netinho, um piá de quatro anos. De repente, vem uma baita onda sobre a areia e leva o guri. A vovó fica desesperada e começou a rezar: – “Senhor meu Deus, traga-me de volta meu neto, por favor, traga-me volta meu neto, por favor, Senhor”! Rezou, rezou, e outra baita onda trouxe o guri de volta. A vovó ficou feliz, olhou para o neto, olhou de novo, olhou para o céu e esbravejou: e o chapeuzinho dele? Piada? Nada engraçada. Costumamos ser assim na maior parte do tempo, desatentos com nossas graças, só suspirando e rezando pela tolices de que não dispomos mas que queremos ter. Reconhecer o pai, a mãe, os filhos, os chefes, os colegas, a casa onde moramos, a comida que engolimos sem saborear, o salário, sempre baixo, tudo, de tudo um pouco reclamamos, não nos sobrando tempo para a gratidão ao que temos. Ao que temos e que só vamos nos dar conta de seus valores quando os perdermos, já nem falo na perda de pessoas queridas. Queridas depois de morrer, enquanto vivas eram pessoas, nada mais…Claro que a consciência da gratidão pelo que temos vai nos levar, pensam muitos, à pobreza. Se nos confortarmos com o que temos vamos ficar frustrados, dizem os contestadores. Não é parar de produzir, de lutar ou querer, mas é dar uma paradinha e olhar para os lados, pô, tenho o de que preciso e liberdade para ser feliz, para que mais? Poucos pensam assim, a maioria é como a vovó da piada, gente insensível e burra.
MULHERES
Claudia Gondin, 77 anos, ganhou o Prêmio Nobel de Economia 2023. Entre outras atividades, ela é professora em Harvard. A frase dela é para ser recortada e colocada na bolsa das mulheres. Claudia diz que – “Nunca teremos igualdade de gênero até que tenhamos igualdade entre os casais”. Ah, querida, Claudia, sossega o facho, a maioria delas se entrega ao casar, aliás, bem antes até… Eles mandam, pintam e bordam e… Elas aceitam e perdoam. Claro que há exceções, as guerreiras, onde mesmo?
ELES
Eles quem? Os levianos. Muitos fizeram a mochila e se mandaram lá para os cafundós, no exterior… E quando o bicho os vai pegar querem voltar correndo para o Brasil, safados. E que tal esta manchete? – “Emissões de cidadania italiana aumentam 77% no Brasil”. Dupla cidadania? Por quê? No caso dos políticos para darem no pé na hora em que o bicho os tiver para pegar. E vai pegá-los. Esperem…
FALTA DIZER
Pesquisas de várias universidades americanas repetem resultados parecidos. Jovens ligados em redes sociais recebem enxurradas de propaganda direcionada a eles por algoritmos… Como conseqüência, 84% deles ficam sedentos pelos produtos e 73% vão à depressão pela “impotência” da pobreza. Claro, pobres diabos sem educação familiar. E aqui? Pior ainda, garanto.