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Vontade e vergonha

Por: Luiz Carlos Prates

26/02/2016 - 04:02

Grosso modo, ninguém escapa. Ninguém escapa do coração… Vou falar de doenças do coração ou de todos os tipos, afinal, o ser humano tem, todos temos, o chamado “ponto de menor resistência”, dito de outro modo, o Calcanhar de Aquiles. É o ponto por onde se iniciam as piores patologias do ser humano, ninguém escapa. O sujeito pode ser forte como um touro, mas tem seu ponto frágil.

Acabo de ler (mais um…) artigo da InterHeart, instituição americana de pesquisas sobre coração. É fato que os maiores vilões para o futuro infarto são o estresse, a ansiedade e a depressão. Bah, que assuntozinho chato e repetitivo, afinal, quem é que não sabe disso? Pois é, sabemos, mas também pagamos para ver. E tudo começa com as frases típicas do pensamento mágico: me cuido, me conheço, estou bem… Aquelas bobagens que todos dizemos, estúpidos que somos. Ah, esses três vilões citados respondem por 60% dos alicerces do infarto.

O que é estresse? Mais uma vez, o aborrecido da repetição. Estresse é uma percepção que produz uma reação, varia de pessoa para pessoa. Ora, se o fato a provocar a reação não é o mesmo para todos, então, não é o fato falsamente estressor o culpado da nossa crise. Percepção é reagir a algum estímulo de um modo muito pessoal; o que a estressa, leitora, me pode fazer rir, e vice-versa. Que fique claro, o estresse pode matar, e mata, mata ao longo do tempo. Interessante insistir, os fatos estressores não têm nada a ver com isso, nossos valores é que são histéricos e reagem de modo inadequado a eles…

Ansiedade, a segunda vilã, é medo. Quando estamos inseguros diante de algo, consciente ou inconscientemente, ficamos inseguros e disparamos os batimentos cardíacos com todas as suas consequências danosas. Tudo por obra dos hormônios do estresse, adrenalina e cortisol, que também não têm nada a ver com nossas loucuras, nós é que os usamos de modo indevido e em horas erradas.

E a depressão, como já disse várias vezes e certos doutores ordinários não gostam de ouvir, é um tipo especial de covardia existencial, não a confundir com tristeza. A depressão é simplesmente um dar-se por vencido diante de alguns desafios. O problema não está no desafio, está na personalidade da pessoa.

Terminando esta conversa chata, fica claro que fora as malformações congênitas do coração, tudo o mais é de nossa conta ao longo dos dias de vida. Nunca apontemos o dedo para ninguém, apenas para nós mesmos.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.