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Voltar, não fugir! – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

13/08/2025 - 07:08

Acabei de ler uma frase interessante, mas antes de passá-la para você preciso dar umas voltas. Lembrar, por exemplo, aquela passagem do livro O Pequeno Príncipe, a cena em que a raposa e o principezinho estão na estação ferroviária observando as pessoas entrar e sair dos trens. Foi nesse momento que a raposa, sagaz, pergunta ao menino: – “Notaste que os trens que vêm do Norte vêm lotados e todos os passageiros descem aqui? E notaste também que os trens que partem aqui do Sul para o Norte partem lotados? Sabes por quê”? – perguntou a raposa. O principezinho não sabia, e a raposa explicou: – “É que o pessoal aqui do Sul está indo para o Norte para ser feliz, e o pessoal do Norte vem para cá também para ser feliz”. Resumindo a peça, inventamos histórias para explicar as nossas encrencas ou burrices. E a tal frase de que falei dizia que – “Se você pensa que fugindo se sentirá aliviado, engana-se redondamente”. Conheço pessoas que vivem viajando, juntam o que podem durante um tempo e se tocam na estrada, viagens de todo tipo. Não é diversão, é fuga. Uma fuga, antes de tudo, de si mesmas, esquecendo, essas pessoas, que ninguém foge de si mesmo, ninguém foge de sua vida interior. Por que as pessoas se viciam em drogas ou em álcool e até em remédios? Para fugir, para anestesiar o corpo e, mais que tudo, a cabeça. Quem não sabe que o álcool e as drogas anestesiam, entorpecem os neurônios, as células do nosso cérebro que nos dão identidade? Podemos não vencer algum desafio na vida, ou muitos, mas a pior derrota é a fuga. Costumeiramente, fugimos do que pode ser enfrentado e vencido, ninguém é louco para achar que vai vencer algo invencível. E sabemos do que podemos ou não podemos. Sim, eu sei, o medo assume o comando dos nossos entraves, mas o medo é para ser vencido e não coroado. Se você, eu, Pedro, Paulo, Maria, a Mãe Joana, quem for, estiver diante de um desafio é bom não contar com a sorte, a sorte é muito interesseira: ela só ajuda a quem se ajuda; fora disso, ela dá no pé. Resumindo a ópera, tudo é possível ao que crê, ao que crê e não foge…

CORAGEM

No jornalismo das tevês raramente o pessoal informa quem causou acidentes de trânsito com mortes. Tudo para evitar o “sofrimento” de famílias, e com isso os repórteres dizem que as causas estão sendo apuradas. Não é verdade, os policiais sabem de tudo e na hora. Um caminhão batendo de frente com um ônibus é óbvio que um dos motoristas fez uma estupidez que resultou na batida. Jornalismo é coragem e informações completas, rapaziada!

SAFADO

Um safado, ordinário, abandonou a família em João Pessoa, PB. Deu no pé para o Rio de Janeiro. Isso fazia 35 anos. Agora, o safado, velho, doente, andando pelas ruas, descobriu o telefone da filha e ligou para ela pedindo ajuda. E deu certo, a filha nem piscou, viajou até achar o pai atirado num canto de hospital. Um filho faria isso? Pai vagabundo.

FALTA DIZER

No Brasil Urgente, da Band, as imagens foram mostradas nos detalhes. Terminado um baile funk em São Paulo, duas mulheres, jovens, partiram para uma briga da pesada, na calçada. Uma delas venceu a briga e matou a outra. Vários homens na calçada vendo a briga, nenhum deles interveio para acabar com a briga. Homens? Não, animais vestidos de homens, omissos, covardes.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.